Rascunhos da Vida: Novamente o espantalho.

Sempre admirei a mente humana, um órgão fantástico criado por Deus, que reflete a complexidade da grandeza do Criador. Como em frações de segundos podemos ver a história de nossa vida passar entre nossos olhos.

Eclesiastes 8

Retirado do site: https://pt.freeimages.com/photo/scarecrow-1500720

Acredito que já citei inúmeras vezes que eu não sonho. Na verdade não sei o que isso significa, mas acredito que num estágio mais avançado do estudo da psicologia eu possa entender o que Freud explica sobre isso. Que tipo de patologia devo ser portador, por não sonhar ou não me lembrar de nenhum sonho.

Mas a minha mente lembra o tempo todo de todos os acontecimentos nela contido. Desde minha cara pintada no impeachment de Collor, até os gatinhos que enterrei no quintal da vovó. Do medo de que um “bicho-de-pé” comer o meu pé, até as histórias que tenho ouvido de pessoas que passaram pela crise de 1920 sem ver o Brasil tão afetado. Agora, uma coisa eu sei, tenho lembrado muito do espantalho havaiano do vô Eurivaldo.

Sim, aquele espantalho de cabeça de cabaça, enchimento de palha, com sua calça estampada e camisa floral havaiana. Que ao invés de espantar os pássaros parece que os atraia. Era tão engraçado que o apelidamos de “Zé Bonitinho” em homenagem ao personagem da “Praça é nossa”. Sua função era ficar ali, parado no meio do quintal, afugentando os pássaros. Finalidade que não foi atingida, pois os pássaros pousavam sobre os seus ombros, local de onde eles ficavam escolhendo qual seria o alvo de seu próximo ataque.

Tio Tõe era muito observador e inteligente, segundo ele isso acontecia porque o espantalho não tinha movimento. Então ele encaixou a trave do espantalho num rolamento e soldou num cano de ferro, que foi fincado no meio do quintal. Então a partir disso o vento batia no espantalho e ele girava. Os pássaros se afastaram durante um tempo até que a poeira, e a ferrugem fizessem com que o movimento fosse mais lento e eles pudessem aprender a pousar novamente sobre os ombros do espantalho.

Salomão afirma: “observa o mandamento do rei, e isso por causa do juramento de Deus” (Almeida:1628-1691). O que Deus jurou? Nada. A tradução correta é “teu juramento” a Deus. Quem jurou obediência ao que preside, governa ou lidera foi o homem, pois entende que Deus em sua majestosa sabedoria permitiu que o mesmo governasse sobre a nação, estado ou cidade.

Entende também que esse governante prestará contas diante de Deus, de todos os seus atos. Na verdade não só ele, mas todos nós. Agora cabe ao servo de Deus clamar a Ele o discernimento para saber o tempo e o juízo. Ou seja, até quando devemos obedecer, e até quando devemos nos posicionar contra?

Pense comigo, não somos espantalhos inertes, muito menos manipulados pelo vento, mas precisamos fazer aquilo ao qual fomos projetados a fazer, e nós fomos feitos para glorificar o nome do Deus Altíssimo, seja em obediência aos que governam, seja em oposição a eles. No entanto o que precisamos fazer é pedir a Deus o discernimento e agir para a glória e a honra do Senhor.

Um grande e forte abraço!
Nos maravilhosos laços do amor de Cristo.

Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que busca atingir a finalidade para o qual foi criado.

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