Ano Olímpico é ano de desafios, ano de disputas acirradas. Quem é o mais forte, o mais rápido, o melhor time, o melhor lutador, quem não desiste.
Nas Olimpíadas de 1988 apareceu o homem mais rápido do mundo Carl Lewis (9s92) superando assim o recorde anterior em centésimos de segundos.
Nesta época virou uma febre na minha cidade natal fazermos corridas de curta distância apenas para ver quem era o mais rápido. O engraçado é que eu era o mais gordo dos meninos, mas também o mais rápido. Era quase imbatível na pouca distância (percursos maiores eu nunca conseguia terminar).
Acabávamos de correr então íamos para a gruta debaixo da igreja para beber água, estava tão ofegante que minha respiração parecia afastar o jato de água que descia da torneira.
Eu aproximava minha boca da água e o meu fôlego repelia a mesma. Era preciso parar a água com a mão e lamber lentamente, pois se fizesse muito rápido a água era agitada para fora da mão.
É assim que eu imagino o salmista comparando o bramar da corça. Quando ela ofegante por água, após afadigar-se de uma perseguição de um predador, procura refrigério nas águas calmas de uma laguna ou ribeiro. O anseio é tanto, que seu fôlego cansado chega a agitar as águas.
Não importa o quanto estejas correndo, o quanto sejas perseguido, o quanto estejas abatido. Procure uma oportunidade de descarregar seu fardo e descansar sua alma na presença do Senhor. Pense nisso, pois só o Senhor pode restaurar suas forças.
Um grande e fraterno abraço nos eternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que mesmo ofegante recompõe suas forças na presença do Senhor
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