Sempre fiquei pensando quando será o dia da minha morte, especialmente quando criança. Já imaginei vários tipos de acontecimentos (ataques, acidentes, quedas, morrer dormindo, ou assentado, bem de repente, nunca lentamente).
Um dia fui pescar num poço muito distante. Desta vez não levei nenhum dos meus irmãos. Comigo foram apenas a vara, os anzois, linha, isca, água, meu facão, uma cordinha, e pão com mortadela (essencial a uma pescaria solitária).
Tinha um lugar que eu desejava lançar minha isca, mas era de difícil acesso, então olhei para o alto vi uma galha e pensei em me apoiar nela para lançar a isca. Deu certo até a galha quebrar pois estava oca.
E lá fui eu buraco abaixo, e me atolei na lama até o pescoço. Comecei a me debater e quanto mais me debatia mais afundava. Então parei e pensei, hoje é o dia da minha morte. Olhei ao redor e vi uma malha de cipó, quebrei minha vara e lancei no meio dele conseguindo puxar até alcançar o cipó e com muito custo sair daquele buraco.
Ficaram para trás minha vara partida, meu sapato velho de pescaria e minha certeza sobre a morte.
Salomão declarou ninguém pode controlar o momento de sua morte. Não há como impedir que isso aconteça. Não há como negar, o Eterno está no controle do destino do homem.
Também não há como negar que Deus é bom, e como Ele em sua grandeza nos conforta, ensina, fortalece e dá segurança. Bem como não nos permite saber o dia de nossa morte.
Mas uma coisa é certa, precisamos estar preparados para ela. Bem como devemos ter a esperança de que em Cristo um dia ela deixará de existir. Prepare-se.
Um grande e forte abraço.
Nos eternos e maravilhosos laços do fraterno amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que não teme a morte, mas também não a deseja imediatamente.
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