Rascunhos da Vida: Um beco sem saída…

Medidas drásticas são adotadas quando não temos outra solução. Estas medidas podem ser desde cortes, ao abandono, de desistência a fortalecimento, o que você faz quando acuado?

Isaías 40.29-31

Retirado do Site: https://pt.freeimages.com/photo/the-wild-strawberry-1317877

Minhas avós sempre foram muito legais. A Vó Gorducha entrava na brincadeira conosco e deixava a gente aprontar bastante. A Vó Lia deixava a gente aprontar bastante, mas não entrava na bagunça (apesar de achar que ela queria), mas ela tinha como representante legal a Tia Ivone, que invocava os poderes da bagunça para aprontar conosco. Eu acho que todas as ideias criativas que a Tia Ivone havia tido quando criança e não pode aplicar ela nos incentivava a fazer.

Na casa da Vó gorducha tinha uma plantação aleatória de moranguinhos do mato. Na verdade nem parecem morangos, mais parece um monte de semente presas numa massinha vermelha. Eu adorava comer os tais moranguinhos. Passava um tempão dando a volta no terreno da vovó buscando aquelas frutinhas.

Um dia Tio João arrumou um fila brasileiro já grande, e consequentemente muito bravo. Diferente do da Tia Ivone que aprendeu a ser manso comigo. Mesmo assim, arrumei uma forma de me divertir com ele, eu chegava perto da casinha dele balançava a bunda, fazia alguns barulhos e saia correndo, ele corria atrás e de repente parava, pois a corrente presa ao seu pescoço o impedia de prosseguir. Eu me safava, e continuava a implicar o animal.

No entanto naquele dia não estava disposto a esportes radicais. O que eu queria era poder comer os moranguinhos, passei perto da casinha dele e fui para o beco lateral da casa da vó Gorducha. Comecei a colher as frutinhas quando ouvi o “bafo” do fila. Ele estava a menos de três metros de mim. Não sei como ele soltou da corrente, ou se o Tio João se esqueceu de prendê-lo pela manhã. Soquei os morangos no bolso, corri para a pilha de pedras e de um único salto pulei o muro de lâmina. Cai do outro lado todo esfolado e com os morangos amassados no meu bolso. Ainda assim fiquei feliz. Sobrevivi ao “cão da peste” e de sobra comi purê de morango. Voltei para casa verdadeiramente realizado.

Eu vejo o texto de Isaías desta forma. O nosso Deus no momento de dor, no momento de privação e provação, quando estamos acuados é por nós. É Ele quem nos capacita, fortalece e ampara. Ninguém é como nosso Deus. Não há quem seja soberano como o Senhor. Que se importe conosco vis pecadores e nos conceda força sem medida, vigor nos momentos angustiantes, e poder em ao invés de fraqueza.

Eu nunca imaginei pular um muro de lâminas num só salto. Tentei outras vezes e o máximo que consegui foi um par de joelhos esfolado, e um galo na cabeça. Mas naquele momento em que fui acuado consegui um poder sobrenatural para superar os obstáculos.

Pense comigo, você está sem perspectiva, está com medo, sem forças, desorientado? Pois bem, o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, pode lhe ajudar. Clame a Ele, busque o seu Nome, e com certeza tu serás abençoado. Você pode não ter vigor, pode estar abatido, mas ao encontrar no Altíssimo sua fonte de esperanças e vigor, com certeza você não se decepcionará. Creia nisso, creia em Deus.

Um grande e forte abraço!
Nos eternos e fraternos laços do amor de Cristo!

Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que desde a meninice vem saltando os muros de lâmina.

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