Saiba como se pronunciou cada pré-candidato a presidência da república sobre a greve dos caminhoneiros

JAIR BOLSONARO (PSL):

O deputado federal e pré-candidato a Presidência Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira (24) em Salvador que apoia o protesto dos caminhoneiros por combustíveis mais baratos, mas criticou o bloqueio total das rodovias, que impediria inclusive carros de passeios de transitarem.

“O bloqueio de estradas não é salutar. Parar os caminhões, 100% apoio meu. Mas para bloquear estradas não tem meu apoio”, disse o presidenciável, segundo o presidenciável não se pode tirar direito de ir e vir das pessoas.

Para Bolsonaro, a paralisação dos caminhoneiros foi uma reação da categoria que não se resume apenas ao preço dos combustíveis mas parte de um cenário que inclui os altos preços dos pedágios, a industria das multas nas estradas com os chamados pardais, condições precárias das rodovias, e principalmente os constantes roubos de carga.

Sobre o preço, Bolsonaro argumenta que Brasil importa cerca de 20% do petróleo utilizado no Pais e que o custo do barril nacional é de 10 dólares , segundo ele deveria ser feita uma política de preço interna realizando uma média do preço produto importado com aquele que é retirado e utilizado no país chegando a um preço bem mais baixo para todos os combustíveis e derivados de petróleo.  

 

MARINA SILVA (REDE):

Marina Silva (Rede) criticou governo do presidente Michel Temer (MDB) por não se antecipar à crise da alta dos combustíveis e por tomar uma decisão de reduzir o preço do diesel “sob pressão política”. 

Para ela, a redução anunciada pela Petrobras na véspera, de 10% no valor do diesel, envia a mensagem de que a empresa “não está se comportando de acordo com as regras do mercado”.

Segundo Marina, o maior problema está nos tributos estaduais e na falta do governo em investir nos chamados biocombustíveis (Álcool e Bio diesel).

 

​ALCKMIN (PSDB):

Em São Paulo, na tarde de quinta, o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, disse que “faltou diálogo” na condução da crise de combustíveis pelo governo Temer.

O tucano defendeu espaçar a periodicidade de reajuste de preços para que, em vez de praticamente diários, eles sejam semanais ou quinzenais. A medida daria, segundo o presidenciável, previsibilidade para o setor.

Alckmin discordou do senador Cássio Cunha Lima (PB), do PSDB como ele, que defendeu a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras.

 

MEIRELLES (MDB):

O ex-ministro da Fazenda de Michel Temer e presidenciável Henrique Meirelles (MDB), colocou-se ao lado do governo. “A curto prazo, a única alternativa é seguir o acordo feito pelo governo e as entidades mais representativas dos caminhoneiros. É inaceitável que, além dos problemas graves e reais dos preços do petróleo e derivados, haja um componente político-ideológico e empresarial nessa aliança de entidades politicamente engajadas com empresas transportadoras”.

 

CIRO GOMES (PDT):

O presidenciável Ciro Gomes que já foi ministro da Fazenda no governo do governo de Itamar Franco (PMDB) como também ministro da integração nacional no Governo de Lula (PT), defendeu no Twitter nacionalizar ainda mais a Petrobras e utilizar toda sua eficiência em extração de petróleo. 

Ele foi muito criticado por desconhecer que parte do petróleo extraído em solo brasileiro é o chamado petróleo pesado (ou grosso) que não pode ser trabalhado nas refinarias brasileiras, que estão preparadas para refinar apenas o petróleo leve (fino), obrigando a Petrobras a exportar o parte de nosso petróleo e importar o resultado final.

 Ciro Gomes defendeu a demissão de Parente da empresa e uma mudança nas regras atuais que reajustam o preço dos combustíveis . “Política de preços no Brasil é uma fraude”, disse.

 

Flávio Rocha (PRB) e João Amoedo (Novo):

Com discurso liberal, os candidatos Flávio Rocha (PRB) e João Amoedo (Novo), identificam no livre mercado a solução para o problema envolvendo os caminhoneiros. “A solução é um choque de competição, o que leva mais eficiência e coíbe, naturalmente, a corrupção”, disse Rocha. “A solução para o setor é o aumento da concorrência, que leva a menores preços e melhores produtos”, falou Amoedo.

 

Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D’Avila (PCdoB):

Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D’Avila (PCdoB) manifestaram-se de maneira parecida. Os dois pediram a demissão do presidente da Petrobrás, Pedro Parente. “O que estamos vendo hoje no Brasil é resultado da política desastrosa de Temer e Pedro Parente na Petrobrás. Empresa pública tem de servir ao povo brasileiro e não para dar lucro a meia dúzia de acionistas lá fora”, escreveu Boulos em sua conta de Twitter. Manuela também culpa Parente e prega “a retomada nos investimentos no setor de óleo e gás.”

 

PAULO RABELLO (PSC):

O economista Paulo Rabello de Castro, pré-candidato pelo PSC, afirmou que para solucionar a crise é preciso criar um fundo de estabilização gerenciado fora do ambiente de Governo”. O ex-presidente do BNDES defendeu ainda uma reforma tributária.

 

ALVARO DIAS (PR):

Pré-candidato pelo Podemos, o senador Alvaro Dias (PR) manifestou apoio às paralisações pelo país. Segundo ele, os protestos não podem ser desprezados.

 

Postado originalmente por: Portal MPA

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