Moradores da região de divisa entre os bairros Centro, Ipiranga e Orion têm se queixado de perturbações envolvendo prostituição nas imediações da Rua Goiás. Em geral, diversos populares relatam intimidações por partes das pessoas que se utilizam da via pública para o mercado sexual.
Um caso foi registrado ontem (23), quando um morador um morador de 32 anos estacionou seu veículo na porta da própria residência durante a noite. Um travesti de 23 anos teria reclamado com o morador alegando que o posicionamento do carro no local prejudicaria a atração de clientes para seu ponto de prostituição. Pelo tom agressivo do transformista, a vítima se sentiu coagida.
Testemunhas acionaram a Polícia Militar, que esteve no local e registrou o fato.
Prostituição
No Brasil, a prostituição não configura crime. No entanto, moradores alegam que os travestis do local cometem crime de ato obsceno, pois ficam semi-nus em via pública.
“Pagamos IPTU e não somos respeitados como divinopolitanos. Não podemos transitar com nossos filhos, não podemos receber visitas e não temos paz devido ao barulho de algazarra que travestis e clientes fazem na rua. E tudo ocorre a poucos metros da delegacia de polícia“, afirma uma moradora de 32 anos que vive há 15 anos no bairro Ipiranga.
Polêmica
Em muitas vezes, quando os transtornos sobre os pontos de prostituição na Rua Goiás são levantados, grupos militantes afirmam que trata-se de preconceito contra travestis. Moradores rebatem o argumento.
“Pessoa semi-nua praticando ato obsceno em via pública é crime, independentemente da orientação sexual. Sou homossexual assumido e nossa classe só tem a perder tentando justificar atos criminosos. Somos moradores da região e estamos a exigir respeito e paz, pois somos pagadores de impostos. Queremos que as autoridades tomem providências“, relata Álisson Coimbra (27), de engenheiro químico.
Postado originalmente por: Portal MPA
