A dependência do cigarro e os problemas causados na saúde

Hoje, Quinta Feira (29/08) é o dia Nacional de Combate ao Fumo, e se reforça a preocupação e a necessidade da criação de ações nacionais que estimulem a consciência das pessoas sobre os riscos à saúde provocados pelo tabaco.

De acordo com o artigo “Variáveis clínicas e razões para busca de tratamento de pacientes tabagistas”, da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e do Institut Catholique de Toulouse, na França, cerca de 6 milhões de mortes anuais são provocadas pelo tabagismo no Brasil, podendo chegar a 7,5 milhões em 2020.

A dependência é o grande vilão, pois as substâncias que existem no cigarro atingem exatamente alguns dos principais locais do cérebro responsáveis pelas sensações de excitação e relaxamento.

Regiões do organismo do fumante são ativadas pela nicotina, mas levadas até o cérebro por hormônios e neurotransmissores. No entanto, o prazer oriundo do cigarro é acompanhado de substâncias que podem provocar o desenvolvimento de várias doenças, entre elas o câncer de pulmão, bexiga, língua e boca.

Para a neurologista Isabella D’Andrea, do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IECPN), administrado pelo Pró Saúde, Associação Beneficente de Assistência Social, a genética é um dos principais fatores da dependência.

“Algumas pessoas possuem uma predisposição e acabam dependentes do cigarro. Mesmo quando tentam parar de fumar sozinhas, algumas pessoas voltam ao vício nos primeiros três meses. Por isso, a orientação de um profissional de saúde para abandonar de vez o cigarro é melhor para o tratamento”, explica a neurologista.

Apesar de nocivo à saúde, durante muitos anos o ato de fumar foi associado e promovido como uma confraternização social.

Dentre as substâncias presentes no cigarro, é possível destacar o alcatrão, além do acetato de chumbo, polônio, naftalina, benzênio, níquel e arsênio. Todas são prejudiciais, mas existem milhares de outras que também são perigosas ao organismo. Se considerado os compostos presentes na folha do tabaco e os aditivos industriais, o número de substâncias pode ultrapassar 8 mil.

De acordo com a neurologista, estudos recentes apontam que pacientes fumantes tem uma diminuição do córtex cerebral em comparação a pessoas não fumantes da mesma idade. “Os fumantes têm uma tendência a ter uma função cognitiva pior do que uma pessoa que não fuma, prejudicando a atenção e memória”, diz Isabella.

A profissional ressalta que nunca é tarde para abandonar o vício do cigarro. Em qualquer momento da vida, abandonar a dependência traz benefícios; e um dos melhores caminhos para ajudar neste processo é procurar ajuda médica e psicológica.  “O auxílio profissional é capaz de analisar e proporcionar o tratamento mais adequado, além da indicação de atividades que contribuam para uma melhor qualidade de vida”, conclui.

Foto: Comunicação – Pró-Saúde
Via: Comunicação – Pró-Saúdehttp://A dependência do cigarro e os problemas causados na saúde

 

 

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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