A desmistificação da hipnoterapia

Quem vai ao psicólogo não é ”doido”. É determinado!

Algumas pesquisas realizadas pela OMS/OPAS Brasil apontam que em países de baixa e média renda, entre 76% e 85% das pessoas são acometidas por transtornos psicológicos, e o agravante, não procuram ou recebem tratamento.
Existe uma atmosfera polêmica que ronda a área da psicologia e devido a alguns preconceitos que acabaram se instalando na sociedade, como por exemplo, a crença de que quem procura apoio psicológico é maluco, chora o tempo todo, tem pensamentos suicidas, apresenta distúrbios alimentares ou alguma outra manifestação preocupante.

Embora estes sejam sintomas que apontem para um possível diagnóstico, existem diversos transtornos psíquicos com diferentes combinações e manifestações de comportamento, percepção, pensamento e emoção, que comumente podem afetar relações cotidianas.

As pessoas não procuram por tratamento pois não reconhecem a gravidade das neuropatologias e nem tem consciência da eficácia e da existência de tratamentos possíveis. O preconceito, a precariedade de acesso e o desconhecimento dificultam a busca por ajuda. Este é outro levantamento feito pela OMS, que evidencia a necessidade de proporcionar acesso aos serviços sociais e dos cuidados de saúde como algo fundamental e de importância nacional, considerando que grande parte da população é acometida por algum transtorno psíquico.

Os sintomas e os transtornos adquiridos não assumem apenas características específicas e individuais, mas também estão relacionados a fatores sociais, econômicos, políticos, ambientais e culturais, por exemplo, definição de padrões de vida exigentes e não inclusivos. Por este caminho, podemos visualizar alguns outros aspectos que impossibilitaram tanto a busca, tanto a aceitação de ferramentas utilizadas pela psicologia em seus tratamentos.

Algumas terapias utilizam abordagens não convencionais numa tentativa de aumentar os efetivos do processo terapêutico, por exemplo, a combinação da massagem e de óleos aromáticos assumida pela Aromaterapia, a Cromoterapia com a utilização de cores, frequências sonoras definidas na Musicoterapia, ou a Hipnose que buscar adaptar-se a personalidade do indivíduo buscando estabelecer uma linguagem que possa entrar em sintonia com o inconsciente e por esta via, o próprio paciente se torna responsável por resolver seus conflitos internos, sendo papel do Hipnoterapeuta apenas orientá-lo nessa busca por autoconhecimento.

Assim como discutido, inúmeros são os preconceitos que dificultam a busca por ajuda. A hipnose é um tratamento alternativo que vem demonstrando considerável eficiência, sofre com limitações instaladas no imaginário coletivo. Acaba sendo associada a controle da mente, alteração ou adição de pensamentos que geram efeitos negativos, um transe onde a pessoa não pode ser acordada e etc. Estes são apenas alguns dos preceitos que acompanham nossa bagagem sociocultural. No entanto, os dados verdadeiros apontam para o contrário e rompem com as falácias e mitos acerca da ferramenta da hipnoterapia.

O transe se inicia a partir de uma perspectiva subjetiva, onde o consciente permanece capaz de decidir e se for o caso, sair do transe estabelecido por vontade própria. A hipnose, não busca de forma alguma suprimir a participação da consciência, esta apresenta papel ativo. O foco do método hipnótico é fazer com que o paciente realize uma autoanalise, busque contato consigo através de um exercício que propõe autoconhecimento. O hipnoterapeuta age como um guia e através de estratégias de orientação, referente a cada caso, direciona o paciente para que seja capaz de mudar o que atrapalha sua vida.

Outra associação que dificulta que a busca pela Hipnoterapia é a comum relação com a espetacularização da hipnose apresentada em circos e programas de entretenimento. Reduzem a aceitação da ferramenta hipnótica como um método científico comprovado dedicado a cuidados com a saúde mental e os efetivos na vida dos pacientes.

A hipnose do espetáculo está muito longe de ser semelhante ao método aplicado no tratamento hipnoterápico. Esta última é reconhecida pela legislação e pelas esferas da saúde como pertinente para o tratamento de inúmeras doenças, tanto físicas, tanto quanto psicológicas.

Não permita que sua vida seja prejudicada por problemas que podem ser identificados, tratados e resolvidos com o apoio de ferramentas sem risco, eficientes e realizadas por pessoas capacitadas e dispostas a ajudar.

Procure um profissional para retirar as suas dúvidas e esteja ciente de que para ser ajudado, não é preciso esperar, muito menos ter vergonha.

Foto: Divulgação
Por: Oronilce Donizete Figueiredo Junior, psicólogo e hipnoterapeuta

 

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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