BRUMADINHO | Os desafios para retomar a maior ação de resgate no país

Nascentes e cursos de água brotaram sobre o rejeito de minério de ferro, pesando o solo contra cada passo das botas que tentam avançar. Atoleiros e brejos cercaram os caminhos. Um matagal cresceu denso e emaranhado, se elevando por mais de dois metros de altura. Após 56 dias de interrupção dos trabalhos de buscas por 11 das 270 vítimas do rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, um terreno de obstáculos aguarda os bombeiros amanhã com a retomada da maior operação de resgate do Brasil, iniciada em 25 de janeiro de 2019.

Mesmo sem a presença dos militares devido à pandemia do novo coronavírus, a mutação constante do terreno da área de buscas demandou trabalhos diários dos operários da mineradora Vale, para que o esforço dos bombeiros pudesse se concentrar na localização das vítimas. Há avaliações da corporação de que esse trabalho possa durar ainda mais dois anos, mas uma nova fase de buscas com rastreamento de corpos por sensoriamento remoto promete favorecer a procura e abreviar a angústia de parentes dos desaparecidos.

Antes do retorno dos socorristas, as pás dos tratores tentam conter as retenções frágeis de barrancos formados pelo desprendimento dos rejeitos da barragem. Uma sucessão de escavadeiras abre os remansos formados pelos detritos despejados após o colapso do reservatório, de onde os olhos dos bombeiros poderão delimitar sinais de  possíveis vítimas. O acúmulo de água da chuva e de córregos foi pouco a pouco desviado das áreas de procura das vítimas, possibilitando um melhor rastreamento em busca de sinais dos desaparecidos.

Para permitir o acesso dos bombeiros, a mineradora Vale teve de manter os trabalhos de infraestrutura no local do rompimento, enquanto apoia os bombeiros para a retomada das buscas em melhores condições. Os acessos às áreas de busca receberam melhorias e novas vias foram abertas, ampliando a capacidade para acessar todo o espaço que foi inundado pelos rejeitos. “As vias são fundamentais para a segurança dos bombeiros e dos envolvidos durante a operação”, informou a empresa.

 

FONTE: Estado de Minas

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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