Cientistas descobrem hormônio que “desliga” a fome

Cientistas da Universidade da Columbia, em Nova York, EUA, descobriram um hormônio que “desliga a fome” e ele poderá será usado para tratar a obesidade, doença que atinge 672 milhões de pessoas no mundo.

O hormônio Lipocalin-2 (LCN2), aumenta a sensação de saciedade e seria capaz de reduzir o apetite sem intoxicar o organismo. Ele é produzido, principalmente, por células ósseas e é encontrado em camundongos e humanos.

A informação está no estudo publicado na revista especializada Elife Sciences. O artigo diz que a pesquisa foi bem sucedida em ratos, em primatas e em humanos.

A ideia é de que a substância seja usada como possível tratamento em pessoas com obesidade cujos sinais naturais de saciedade não funcionam mais.

A pesquisa

Na pesquisa, os cientistas descobriram que o hormônio ajuda a sinalizar a sensação de saciedade, faz diminuir a ingestão de alimentos e auxiliou na perda de peso sem causar desaceleração no metabolismo.

A primeira etapa do estudo analisou dados de quatro outras pesquisas, feitas com participantes com peso normal, obesidade e sobrepeso dos Estados Unidos e da Europa. Cada pessoa recebeu uma refeição após jejum noturno. A quantidade de LCN2 no sangue foi medida antes e depois da alimentação.

Os níveis de LCN2 após a refeição em quem estava com o peso normal aumentaram, o que coincidiu com a satisfação que sentiram após comer.

Em pessoas com sobrepeso ou obesidade, os níveis hormonais diminuíram.

Com base nessa resposta pós-refeição, os pesquisadores agruparam as pessoas como não respondentes ou respondentes.

Os participantes não respondentes tinham, em média, uma circunferência da cintura maior e marcadores mais elevados de doença metabólica, incluindo Índice de Massa Corporal (IMC), gordura corporal, aumento da pressão arterial e da glicose no sangue.

Resultados em uma semana

Para avaliar se o tratamento com o hormônio pode reduzir a ingestão de alimentos e prevenir o ganho de peso, a equipe tratou macacos com LCN2 por uma semana.

Os especialistas observaram a diminuição de 28% na ingestão de alimentos em comparação com o período anterior ao tratamento.

Houve, ainda, redução de 21% na ingestão de alimentos entre os animais que receberam o tratamento hormonal.

Uma semana após o início do tratamento, os primatas apresentaram menor peso corporal e menores índices de gordura no sangue.

Em humanos

A segunda etapa do estudo envolve identificar os efeitos em humanos, com mais detalhes.

Os cientistas querem descobrir se uma dose do hormônio poderia ultrapassar a barreira hematoencefálica, estrutura que protege o Sistema Nervoso Central (SNC) de substâncias potencialmente tóxicas presentes no sangue.

Essa fase será feira em um centro de diabetes, em Munique, na Alemanha.

 

Com informações do Metrópoles e Elife Sciences

Fonte: Só Notícia Boa

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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