Entenda como luz UV e ozônio matam o novo coronavírus

Em meio à pandemia da Covid-19, a busca por meios de eliminar o novo coronavírus chegou a duas soluções cujos nomes sempre estiveram relacionados ao céu: luz ultravioleta e ozônio.

A luz UV está no espectro invisível ao olho humano e chega à terra vinda do sol majoritariamente como UV-A, que penetra profundamente nas células da epiderme e é tido como responsável por 80% do envelhecimento da pele. A outra forma natural é o UV-B, muito mais agressivo, mas menos abundante.

Para realizar a desinfecção, os cientistas descobriram um grande aliado no UV-C, ainda mais potente e perigoso.

“A luz ultravioleta causa danos em praticamente todos os microrganismos e seres vivos em geral, incluindo humanos, provocando danos na pele, câncer e até dano ocular, quando apontada para a retina”, explica Adélia dos Santos, professora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul e especialista em infecciologia.

Com isso, o vírus, que tem estruturas mais simples, têm suas membrandas e seu material genétio destruídos, conta o professor Vanderlei Bagnato, do IFSC-USP (Instituto de Física de São Carlos). Pensando na limpeza e higienização de ambientes hospitalares, o IFSC elaborou um rodo capaz de emitir a luz UV-C.

Adélia cita a aplicação da luz ultravioleta em dutos de ventilação como uma forma eficiente de tornar a filtragem do ar mais eficiente, matando os vírus e bactérias, e aumentando a durabilidade dos filtros.

O ponto negativo deste método é o curto alcance dos raios UV-C, que agem somente nas áreas que são diretamente atingidas pela luz. A professora explica que, por se tratar de organismos microscópicos, qualquer resíduo pode conter o vírus e pode existir o risco de uma contaminação.

Uma outra alternativa para a limpeza de lugares de difícil acesso ou de itens que são sensíveis ao álcool e a água com sabão é o ozônio. Segundo a professora, o vapor pode ser aplicado em superfícies e o gás faz a limpeza de ambientes.

O ozônio mata microrganismos em uma aplicação de 30 minutos, que devem ocorrer em locais fechados e sem a presença de pessoas. O procedimento tem uma ação pontual e não garante uma higienização por um longo período.

Apesar de permitir a limpeza de equipamentos eletrônicos, existe o risco de oxidação de peças metálicas e, por isso, deve ser um método feito com cuidado.

Independentemente de qualquer tecnologia, Adélia ressalta a importância de se utilizar os tradicionais meios para se enfrentar os vírus.

“A ventilação permite a troca de ar e reduz a concentração e carga das partículas virais que estejam em um ambiente, diminuindo, também as chances de contaminação”, finaliza.

 

Fonte: R7

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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