A Prefeitura de Passos teve cheques de sua conta do Banco do Brasil clonados. Além disso, na última terça-feira, 4, os estelionatários tentaram fazer o pagamento de pelo menos 50 boletos em duas lotéricas da cidade. O prejuízo para as lotéricas, somente de oito cheques que foram recolhidos pela Prefeitura, já seria superior a R$35 mil.
O golpe começou a ser descoberto no fim da tarde de terça-feira, quando o proprietário de uma lotérica, antes de formalizar o pagamento de boletos, desconfiou dos pagamentos. Ao questionar o cliente pagador, este correu. O proprietário mostrou os cheques para o Secretário Municipal de Planejamento de Passos, Renato Mohallem, que acionou o Secretário da Fazenda Clever Roberto do Nascimento. Como a Prefeitura raramente faz a utilização de cheques, ele estranhou e pediu que lhe fosse enviada a foto dos títulos.
Apesar da boa qualidade da impressão das folhas de cheque, entretanto, a clonagem era grosseira. Pois, entre as evidências da falsificação, em vez do CNPJ da Prefeitura de Passos, constava um “CPF” 66.289.012/0001.17. Além disso, as assinaturas eram do “tesoureiro” Luciano Chaves Neto, e do “Secretário de Finanças” Renato Alvarenga Goes. Imediatamente, o secretário avisou para os correspondentes financeiros da Caixa Econômica Federal, agências bancárias, o 12º Batalhão da Polícia Militar, a Associação dos Municípios do Médio Rio Grande (Ameg), postos de gasolina e outros.
Em nota distribuída ontem, a secretaria informou que realiza poucos pagamentos com cheques. Sendo somente para pagar Tratamento Fora de Domicílios (TFD), auxílios de assistência social a munícipes e em casos esporádicos. A grande maioria dos pagamentos é feita por depósitos em conta-corrente ou transferência eletrônica. O secretário Clever Roberto pede para que, em caso de dúvida, ao receber um cheque da Prefeitura, o cidadão entre em contato com a Secretaria de Fazenda, pelo telefone 3522-7281.
Como funciona.
Os correspondentes bancários aceitam o pagamento de boletos no valor máximo de R$1 mil e com valores em cheques de até R$5 mil. Nesse caso, os estelionatários se apresentavam com cheques no valor de R$4.500. Sendo para os pagamentos de boletos de R$1 mil cada.
Com isso, se os correspondentes bancários aceitassem o pagamento dos boletos, os valores já cairiam imediatamente na conta dos estelionatários. Quando os cheques fossem apresentados às agências bancárias, eles teriam que assumir os prejuízos.
Toda a documentação vai ser enviada para a Polícia para posterior investigação.
Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro
