Governo anuncia Plano Safra com R$ 225 bilhões para pequenos, médios e grandes produtores

Nesta terça-feira, 18, o governo anunciou durante cerimônia no Palácio do Planalto, a liberação de R$ 225,59 bilhões em financiamentos por meio do Plano Safra 2019/2020 para os pequenos, médios e grandes produtores.

O valor é pouco acima dos R$ 225,3 bilhões anunciados na safra passada. A liberação dos recursos do plano agrícola começará em julho e seguirá até junho do ano que vem.

O valor total do plano deste ano será distribuído da seguinte maneira:

  • R$ 169,33 bilhões para o custeio, comercialização e industrialização;
  • R$ 53,41 bilhões para investimentos;
  • R$ 1 bilhão para seguro rural;
  • R$ 1,85 bilhão para apoio à comercialização.

O Ministério da Agricultura informou que as taxas de juros, para custeio, comercialização e industrialização, serão mantidos entre 3% e 4,6% ao ano para pequenos produtores (Pronaf); em 6% ao ano para médios produtores e em 8% para os grandes. Nas linhas destinadas a investimentos, os juros cobrados variarão de 3% a 10,5% ao ano.

Agricultura familiar

Segundo o governo, os produtores beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terão R$ 31,22 bilhões à disposição.

Os recursos para custeio ou investimento terão juros de 3% ao ano, na exploração extrativista sustentável e produção de ervas medicinais, aromáticas e condimentares.

O recurso para custeio, com juros de 3% ao ano, também serve para produção de alimentos básicos (arroz, feijão, mandioca, trigo, leite, frutas e hortaliças) e para investimento em recuperação de áreas degradadas, cultivo protegido, armazenagem, tranques de resfriamento de leite, energia renovável e outros.

Conforme o ministério, o governo reservou R$ 500 milhões para construção ou reforma de moradias de pequenos agricultores. O valor é considerado suficiente pela pasta para construir até 10 mil casas.

Médio produtor

Segundo o governo, o valor para custeio e investimento destinado ao médio produtor será de R$ 26,49 bilhões.

O dinheiro poderá ser utilizado no financiamento de custeio, com taxa de 6% ao ano, e em ações de investimento, cuja taxa será de 7% ao ano.

O governo ainda informou que empresas de pescado e produtos da aquicultura, além de associações ou cooperativas de pescadores, poderão tomar financiamentos para comercialização.

Seguro rural

De acordo com o governo, o valor da chamada “subvenção” ao seguro rural, de R$ 1 bilhão em 2019/2020, mais do que dobrou em relação ao plano anterior.

Com isso, informou que os produtores terão mais ajuda para adquirir uma apólice de seguro e proteger sua atividade – assegurando o pagamento de obrigações no caso de quebra de safra ocasionada por eventos climáticos ou variação de preços.

Renegociação de dívidas

O Ministério da Agricultura informou que, por meio do Fundo de Aval Fraterno (FAF), será possível aos produtores renegociarem dívidas agrícolas junto a bancos, distribuidoras e agroindústrias.

De acordo com o governo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dispõe de R$ 5 bilhões para essas renegociações, com prazo de pagamento de até 12 anos e três anos de carência.

Apoio à comercialização

Segundo o Ministério da Agricultura, o valor previsto de R$ 1,85 bilhão para o apoio à comercialização será liberado por meio das modalidades de aquisição direta ao produtor e via contratos de opção de venda e subvenção de preços.

O governo informou que esse orçamento embute preços mínimos com reajuste médio de 7% para os principais produtos. “Esses valores tiveram como referência os custos das lavouras, os preços nos mercados internacionais e a perspectiva da taxa de câmbio“, acrescentou.

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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