Imagens mostram médico suspeito de matar a própria tia em Boa Esperança revirando lixo de hospital

Novas imagens divulgadas pela polícia mostram o momento em que o médico preso em Boa Esperança-MG suspeito de cometer eutanásia na própria tia revira o lixo do hospital. Para a polícia, isso reforça a teoria de que Carlos Roberto Naves de Morais estaria tentando esconder algo.

“A partir do momento em que o médico viu que o corpo seria encaminhado ao IML em Varginha, ele temendo que fosse descoberto o crime que ele praticou, ao que tudo indica ele revirou o lixo para sumir com a prova que teria sido deixada para trás”, disse o delegado Alexandre Boaventura Diniz.

Ainda conforme a polícia, um exame de sangue feito em América Moscardini, de 78 anos, mostra que ela já chegou no hospital com alto índice de potássio no sangue. O exame indicava um pouco mais de 6 e depois da morte, o exame já indicava um nível com mais de 8.
“Ela chegou com esse patamar de potássio próximo a seis, que é uma quantia normal então, e depois o potássio subiu porque foi injetado nela o cloreto de potássio. A partir de sete, da marca de potássio na dosagem sanguínea, isso já possibilita uma parada cardíaca na paciente. Então tudo indica que o cloreto de potássio foi realmente usado para causar a morte dela”, disse o delegado.

Dona América Moscardini, de 78 anos, deu entrada no pronto-socorro de Boa Esperança na última quarta-feira com problemas respiratórios. Ela foi atendida e estabilizada. Só que menos de uma hora depois, piorou e morreu.

Imagens de câmeras de segurança mostram o médico Carlos Roberto Naves de Morais pegando um medicamento na farmácia da Santa Casa de Boa Esperança e depois entrando no pronto-socorro onde Dona América, estava internada.

Nas imagens dá para ver o médico andando pelos corredores onde ficam os quartos dos pacientes. Funcionários suspeitaram da atitude dele e chamaram a polícia, que encontrou uma seringa com restos de cloreto de potássio e caixas de relaxante muscular no lixo de um banheiro.

Uma nota fiscal comprova que o médico comprou o relaxante na Santa Casa um dia antes. A polícia acredita que as imagens dele na farmácia sejam do momento em que ele retirou o outro medicamento.

Após a repercussão do caso, várias pessoas começaram a relatar para a polícia ações parecidas do médico, que foram consideradas suspeitas. Uma delas seria de um bebê de apenas um mês, que morreu cerca de três horas depois de passar por uma consulta com Carlos Roberto Naves de Morais.

O médico continua preso no presídio da cidade. O laudo da necrópsia do corpo ainda não saiu, tem um prazo de até 10 dias.
A defesa do médico Carlos Alberto Roberto Naves Morais disse que por enquanto não iria se pronunciar.

Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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