Minas Gerais testou apenas 16,7% dos casos suspeitos de coronavírus

Minas Gerais testou apenas 16,7% dos casos suspeitos de coronavírus notificados à Secretaria de Estado da Saúde (SES). Segundo balanço da pasta, entre 12 de março e 6 de maio, foram realizados 15.313 exames para detecção da Covid-19, enquanto o número de suspeitas, até aquele dia, era de 91.618.

Nesta segunda-feira (11), a quantidade de possíveis infecções notificadas ultrapassou 100 mil no Estado, conforme boletim diário divulgado pelo governo estadual. Além disso, em média, o número de casos suspeitos de coronavírus aumentou por dia em Minas, na última semana até esse domingo (10), em 2.076.

Essa quantidade é quase dez vezes menor do que a média diária de testes aplicados no Estado, que foi de 277 nos 55 dias em que foram realizados exames, entre 12 de março e o último dia 6.

Em relação ao tamanho da população de Minas, que é de 20,87 milhões de pessoas segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a testagem alcança apenas 0,0007% dos mineiros.

Caso suspeito, de acordo com a pasta, é classificado como “todo indivíduo com quadro respiratório agudo, notificado pelo serviço de saúde com suspeita de infecção pelo SARS-COV-2”.

Apesar da média de 277 testes diários aplicados, a capacidade de testagem em Minas, segundo a SES, é de até 2 mil exames por dia nos “laboratórios parceiros”. Atualmente, há 1,754 testes de coronavírus aguardando resultado, de acordo com a pasta, e, do total, 13.559 foram liberados.

Em nota, a SES informou que a quantidade de testes realizados diariamente é “variável” no Estado, e “depende da quantidade de amostras que chega aos laboratórios”. Além disso, a secretaria esclarece que nem todas as pessoas suspeitas serão testadas em Minas.

A orientação é de que apenas teste-se pessoas com quadros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), profissionais de saúde que apresentem sintomas, óbitos suspeitos de relação com o coronavírus e “por amostragem representativa” em casos de Síndrome Gripal que ocorrem em “locais fechados”.

A SES diz que considera que se enquadram na definição da última hipótese asilos, unidades do sistema prisional e hospitais, por exemplo.

“Ainda que haja aumento do número de casos notificados, tendo em vista que nem todos abarcarão situação clínica que enseje a realização dos exames, é plausível inferir que o número de pedidos de testes não cresça na mesma proporção”, ressalta a pasta em nota.

Dentre os casos que não serão testados, explica a SES, estão “casos de pacientes com sintomas leves e sem indicadores que os posicionem em grupos de risco”.

Fonte: O Tempo

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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