Minas não esclarece se corpos de funerária serão exumados

O Governo de Minas Gerais  está investigando o suposto excesso de mortes com diagnóstico para problemas respiratórios atendidos por uma funerária de Belo Horizonte mas, não esclareceu como vai analisar o caso, já que os corpos  foram todos enterrados, sem serem considerados como suspeitos de covid-19.

A Segov (Secretaria de Estado de Governo),  informou que as informações serão divulgadas a partir do andamento e conclusão das investigações. A Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Saúde também não confirmaram o possível novo exame dos corpos. O caso chegou ao Governo após uma denúncia anônima, feita à Polícia Militar, indicando que uma funerária da região oeste da capital mineira recebeu um volume de mortos acima da média em 48 horas, sendo 23 deles com quadros de insuficiência respiratória aguda, pneumonia aspirativa e pneumonia crônica.

A funerária esclareceu que o número de atendimentos estava dentro do esperado e que não haviam recebido possíveis vítimas do novo coronavírus. Segundo Sérgio José da Silva, gerente da unidade, foram contabilizados 32 corpos com morte provocada por problemas respiratórios, em um período de 72 horas, e o  número seria 20% maior que o comum.

Após as declarações, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, negou que as mortes estivessem entre óbitos suspeitos por covid-19. Os casos graves, sintomáticos ao coronavírus, e de pacientes que estão em CTI (Centro de Terapia Intensiva) são 100% acompanhados.

No boletim de ocorrência registrado pela PM, o gerente da funerária informou que a equipe sepultou um morador de Betim que estaria com com suspeita de coronavírus. Sobre o caso, a Polícia Civil esclareceu que tratou-se de um equívoco de identificação. O corpo não pôde passar por exame aprofundado de necropsia devido ao protocolo adotado durante a pandemia do novo vírus. Assim, não foi possível identificar a causa da morte e o médico legista colocou no atestado de óbito o termo “causa indeterminada no momento – vigência da pandemia pelo Covid-19”, conforme orientou a organização.

A corporação esclareceu ainda, que o Instituto Médico Legal (IML) é responsável apenas por analisar as mortes violentas, ou seja, acidentes e homicídios diversos.

A Secretaria de Saúde destacou que o objetivo da anotação era de justificar a não realização do exame interno no cadáver e não significa que a causa da morte foi por coronavírus. O corpo poderá ser exumado, caso a autoridade policial entenda necessário, após o término da contingência epidemiológica.

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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