Polícia prende susposta chefe da quadrilha que é psicóloga em Três Pontas

Na manhã desta quinta-feira (30), a Polícia Civil realizou uma operação contra tráficos de drogas em Três Pontas, MG. A Polícia prendeu 36 pessoas e entre elas está uma psicóloga suspeita de chefiar uma das quadrilhas de tráfico na cidade.

A Polícia tinha como alvo os integrantes de duas quadrilhas responsáveis pelo comando do tráfico na região de Três Pontas. De acordo com a Polícia Civil, a psicóloga Louise Veloso trabalhou na prefeitura e é responsável pelo processo seletivo de uma grande empresa na cidade.

“Ela gerenciava uma célula que era vinculada a essa principal, do bairro Padre Vitor. Ela usava da sua influência, ela tem acesso a vários órgãos públicos, trabalha já no meio com pessoas usuárias de drogas“, explicou o investigador Gustavo Felipe Domingos.

Contudo, a suspeita negou ligação com o tráfico. Além disso, o namorado da psicóloga também foi preso. Outras pessoas foram detidas em outras residências no bairro Padro Vitor.

“Durante essa investigação, descobrimos duas quadrilhas que movimentavam o tráfico de drogas nessa cidade. Uma ajudava a outra no fornecimento de drogas”, disse o delegado Andrey Michel Alves.

Onde o dinheiro do tráfico era aplicado será investigado pela polícia. Um dos suspeitos teria investido quase R$ 400 mil na construção de uma residência.

A polícia suspeita da participação de laranjas.

Alguns comerciantes da cidade são suspeitos de ajudar na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Entre os presos há um dono de uma lanchonete.

“Esses comerciantes foram presos em virtude de lavagem de dinheiro. São laranjas, usam o estabelecimento pra poder lavar o dinheiro do tráfico”, contou o investigador Gustavo.

Em suma, de acordo com o delegado responsável por essa operação, as investigações começaram há dois anos e ainda estão em andamento.

“Essa operação e as outras que têm sido feitas aqui no Sul de Minas têm gerado um efeito super positivo. Hoje foram presas 36 pessoas que fazem parte de uma verdadeira organização criminosa”, explicou o chefe do departamento da Polícia Civil, Pedro Paulo Marques.