UFMG inicia testes com vacina contra Covid-19 em duas semanas

Segundo o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na sexta-feira (3) o protocolo para o início da fase 3 dos testes da chamada CoronaVac, que apresentou resultados altamente promissores na fase anterior, com 90% dos voluntários desenvolvendo resposta imunológica ao vírus. Caso os testes realizados nos 9 mil voluntários de todo o Brasil apresente resultados positivos, a previsão é de que o uso seguro do antígeno já comece em meados de 2021.

“Estou muito entusiasmado que esta será a vacina que chegará ao mercado mais rapidamente”, declarou Covas.

Em Minas, o estudo será comandado pelo professor Mauro Teixeira, que coordena o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos (CPDF) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. Segundo o pesquisador, a vacina usa tecnologia já conhecida, que envolve o vírus purificado e inativado (morto), cuja eficácia já está bastante comprovada para outras doenças, como a gripe comum; poliomielite; difteria e tétano; hepatite A e B; meningocócicas e pneumocócicas conjugadas, dentre outras.

Voluntários

Na próxima segunda-feira, um aplicativo será disponibilizado pelo Instituto para que os voluntários se manifestem. Além de trabalhar diretamente com pacientes infectados com a Covid-19, os interessados precisam preencer outros requisitos, como ter mais de 18 anos, não ter infecção prévia pela doença, não participar de outros estudos, não estar grávida ou pretender engravidar nos próximos meses, não ter outras doenças ou outras alterações que impeçam a vacinação. “O teste com esse público, que está o tempo todo em contato com o vírus, vai permitir que os resultados sejam mais rápidos”, explicou o presidente.

A seleção preliminar dos candidatos que se encaixam nos critérios será iniciada no dia 20 de julho, quando já começa a fase de testes. Após essa seleção, os candidatos serão testados para verificar se já houve infecção pelo novo coronavírus. Em seguida, as vacinas serão aplicadas, um grupo receberá o antígeno e outro, placebo. A expectativa, segundo Covas, é de que esse processo seja feito até outubro deste ano.

A distribuição do medicamento, prevista para o ano que vem, ficará a cargo do Ministério da Saúde. Após comprovada a eficácia, o Instituto Butantan já tem capacidade para produzir imediatamente as 100 milhões de doses, das quais 60 milhões ficarão no Brasil. As demais serão da Sinovac Biotech.

O processo, no momento, está em fase de preparação dos 12 centros, que estão em treinamento e recebendo os recursos necessários para proceder a campanha. “Eles precisam ainda internalizar o protocolo do teste aprovado pela anvisa, e cada um tem que aprovar o que foi definido pela agência em termos locais”, explicou Dimas Covas.

Fonte: UFMG/ O TEMPO

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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