Comerciantes fazem carreatas pedindo reabertura de lojas em BH e região

Empresários fizeram carreatas e manifestações na manhã desta sexta-feira questionando impactos na economia se toda a população mantiver o isolamento social para evitar a COVID-19. Em Minas, 28 mortes são investigadas

Apesar da recomendação do isolamento social para evitar a transmissão do coronavírus durante a pandemia da COVID-19, comerciantes de Belo Horizonte e da região metropolitana se reuniram para pedir a reabertura de estabelecimentos comerciais. As manifestações foram realizadas na manhã desta sexta-feira.

Uma das maiores concentrações ocorreu na Cidade Administrativa, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte. A carreata saiu de lá em direção à sede da prefeitura da capital, na Avenida Afonso Pena, no Centro. Antes, os manifestantes falaram de suas motivações e o roteiro do protesto.

Entre eles havia crianças e idosos, muitos usando camisas e acessórios com a bandeira do Brasil ou de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao partido que ele tenta formar, o Aliança pelo Brasil. Alguns usavam máscaras. Nesta semana, após declarações do presidente contra as restrições da quarentena, o governo federal lançou uma peça publicitária pedindo a retomada do funcionamento de todos os serviçosA campanha é semelhante à adotada em Milão, na Itália, em fevereiro. Atualmente, a região contabiliza 4 mil mortos e o prefeito da cidade veio a público comentar a ação, que classificou como um erro.

“Há empresas que não têm caixa para poder segurar essa situação. E 40% da população é autônoma. Então, como esse povo vai ficar dentro de casa? O cabeleireiro, a manicure, o pedreiro, as pessoas do dia a dia que usam a diária para poder comprar a janta? A gente não pode admitir isso”, disse uma manifestante ao microfone diante do grupo. Em seguida, ela passou a palavra a outro empresário.

“Eu sei o que passei para ter a minha empresa para agora um ‘viruzinho’ jogar ela por água abaixo? Estou com 40 funcionários em casa, parados querendo trabalhar porque sabem que vão ser demitidos, isso é fato, e temos que obedecer a ordem do governador e do prefeito”, afirmou o empresário, que detalhou o itinerário do protesto, que seguiu pela Avenida Antônio Carlos até a Afonso Pena. “Todos vamos desembarcar do carro e nós vamos aglomerar na porta da prefeitura, na escadaria. Isso foi alinhado ali com a Polícia Militar para a gente não complicar o trânsito na avenida Afonso Pena”, explicou.

A partir do momento em que foi detectada a transmissão comunitária da síndrome respiratória no país, prefeitos e governadores têm baixado decretos permitindo a abertura apenas de serviços essenciais, como supermercados e farmácias, para evitar aglomerações e reduzir o risco da transmissão da doença. Nos locais em que o funcionamento é permitido, a orientação é para que sejam tomadas as medidas de higienização para garantir a saúde de funcionários e clientes, como uso do álcool gel, e distanciamento de 2 metros entre as pessoas.

Estado de Minas

Postado originalmente por: Portal Sete

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