Consulta médica também está no celular: entenda as polêmicas da telemedicina

Revolução da tecnologia chega ao atendimento médico, com startups que se propõem a ligar profissionais a pacientes em videoconsultas. Categoria reage

Nos últimos anos, a tecnologia alterou inúmeros aspectos da vida cotidiana, da mobilidade nas grandes cidades, a partir dos aplicativos de transporte, até a forma como se pede comida, por meio das plataformas de delivery. A revolução, no entanto, vem acompanhada de muita polêmica, que se estende, agora, também às consultas médicas, com a chamada telemedicina. Ainda embrionária no país, a tecnologia usa as telecomunicações, por meio de videoconferências, para facilitar a relação entre médico e paciente, concentrando foco no chamado primeiro atendimento, que pode ser uma simples renovação de prescrição médica ou um pedido de encaminhamento ao especialista.

O que parece um avanço, no entanto, levanta debates da comunidade médica, que questiona a viabilidade de startups como a Teldoctor, que começou neste semestre a oferecer o serviço em Minas Gerais. Os questionamentos se concentram, principalmente, no sigilo das informações compartilhadas por quem faz a consulta a distância e na falta de regulamentação do tema.

Assim como em outras áreas da chamada “economia disruptiva”, os debates que cercam a telemedicina causam um vaivém na legislação. Em fevereiro, a Resolução 2.227 do Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou o serviço no Brasil. O texto permitia que médicos realizassem “consultas on-line, assim como telecirurgias e telediagnóstico, entre outras formas de atendimento médico a distância”.

A reação da comunidade médica foi imediata. As reclamações ultrapassaram a marca de 1,4 mil, segundo o CFM. Uma consulta pública foi aberta, e seus resultados servirão para nortear novas discussões sobre o tema.

Fonte: Estado de Minas

Postado originalmente por: Portal Sete

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