Coronavírus: Reuquinol é a solução?

O mundo vive uma das maiores pandemias da história e a cada instante surge uma informação sobre possíveis descobertas de vacinas e de remédios que podem ser eficazes na prevenção e no tratamento ao novo coronavírus.

Hidroxicloroquina, cloroquina e remdesivir. Esses são os medicamentos que, segundo estudos científicos, podem ser eficazes no combate ao novo coronavírus.

A hidroxicloroquina, também conhecida pelo nome comercial Reuquinol, é a mais promissora. O remédio é usado para o tratamento da malária desde os anos 1930, mas também é indicado para combater doenças como artrite reumatoide e lúpus.

Assim que a notícia circulou, através das redes sociais, o aumento pela procura do medicamento foi imediato. Há relatos, inclusive, de pessoas que fazem o uso contínuo de Reuquinol para tratamentos diversos e que já não o encontram mais disponíveis nas farmácias.

A Drogaria Araújo, por exemplo, utilizou as redes sociais e divulgou um comunicado nesta tarde a respeito do assunto: “ Após a divulgação de que a substância Hidroxicloroquina poderia ser usada como um dos tratamentos  ao Covid-19, tivemos uma procura imediata pelo produto em todos os canais de venda. Nossos estoques acabaram rapidamente. Devido à alta procura, nossa equipe comercial imediatamente se empenhou para comprar do laboratório Apsen, para atender aos nossos clientes. No entanto, o Governo Federal recolheu os estoques do fabricante para garantir o atendimento à população.”

Há mais de 200
Há mais de 200 mil pessoas infectadas no mundo pelo novo Coronavírus. Cientistas tentam encontrar a cura para frear a pandemia.

O remédio chegou a ser substituído por outros recentemente porque o protozoário parasita plasmodium falciparum, causador da malária, tornou-se resistente à sua ação. A hidroxicloroquina podia ser usada para prevenir ou combater a malária.

O medicamento já se mostrara anteriormente eficaz contra a Sars, uma doença respiratória aguda que surgiu na China em 2002 e pertence ao grupo coronavírus, assim como o vírus causador da atual pandemia de Covid-19.

O Portal Sete ouviu um profissional da área de saúde sobre o tema. Dr. Claudiney Silva, que é pediatra e sócio-proprietário do CIOP, em Sete Lagoas, alertou para o uso indevido do medicamento: “ Os testes sobre a eficácia desse medicamento no tratamento do Coronavírus ainda não terminaram, mas são bastante promissores. Na verdade, o Governo dos EUA deveria ter esperado um pouco mais, porque ainda não temos essa orientação vinda por parte da Organização Mundial da Saúde. Além disso, o uso equivocada do medicamento, associado à falta de acompanhamento médico pode gerar graves efeitos colaterais, dentre eles, Hepatite e Pancreatite. Também não é recomendado adquirir o medicamento para estocar em casa, porque quem realmente precisa, inclusive para tratar outras enfermidades, pode ficar sem o produto.”

Pacientes que fazem uso contínuo desse medicamento necessitam de acompanhamento constante. Há relatos de alterações na córnea incluindo opacificação (perda da transparência) e inchaço. Tais alterações podem ser assintomáticas, ou podem causar distúrbios tais como halos, visão borrada ou fotofobia (sensibilidade à luz). Estes sintomas podem ser transitórios ou são reversíveis com a suspensão do tratamento.
JAMAIS FAÇA AUTOMEDICAÇÃO:
Reuquinol é indicado para o tratamento de:
  • Afecções reumáticas e dermatológicas (reumatismo e problemas de pele);
  • Artrite reumatoide (inflamação crônica das articulações);
  • Artrite reumatoide juvenil (em crianças);
  • Lúpus eritematoso sistêmico (doença multissistêmica);
  • Lúpus eritematoso discoide (lúpus eritematodo da pele);
  • Condições dermatológicas (problemas de pele) provocadas ou agravadas pela luz solar.

Malária (doença causada por protozoários)

Reuquinol é o sulfato de hidroxicloroquina e possui diversas ações farmacológicas, tais como interferência com a atividade enzimática, ligação ao DNA, inibição da formação de prostaglandinas, ruptura das células dos protozoários e possível interferência no aumento de produção de células de defesa. Em doenças reumáticas sua função é a inibição da interação antígeno-anticorpo, a inibição da síntese de interleucina-1 (IL-1) e da degradação da cartilagem induzida por esta citocina, além de inibir as funções lisossomais dos fagócitos e dos macrófagos.

Quais as contraindicações do Reuquinol?

Reuquinol é contraindicado em pacientes com alergia conhecida aos componentes da fórmula, aos derivados da 4- aminoquinolina e pacientes que apresentam maculopatias pré-existentes (distúrbios visuais). Só o médico pode decidir sobre o uso de Reuquinol® durante a gravidez e amamentação.

Cuidado com a Retinopatia (lesão nas células da retina):

Antes de iniciar o tratamento prolongado, o médico deve realizar exame oftalmológico e este deverá ser repetido ao menos anualmente. O exame deve incluir oftalmoscopia (exame para verificação da retina) cuidadosa incluindo teste de acuidade visual (clareza ou nitidez da visão), verificação do campo visual, visão para cores e fundoscopia (exame de fundo de olho). A toxicidade na retina é amplamente relacionada à dose. Exceder a dose diária recomendada aumenta severamente o risco de ocorrência de toxicidade na retina.

Toxicidade cardíaca crônica

Casos de cardiomiopatia (doença do coração), resultando em insuficiência cardíaca, em alguns casos com desfecho fatal, têm sido relatados em pacientes tratados com sulfato de hidroxicloroquina. O monitoramento clínico de sinais e sintomas de cardiomiopatia é aconselhado e o sulfato de hidroxicloroquina deve ser descontinuado aos primeiros sinais da doença.

                                                                                                                                          Fonte: https://consultaremedios.com.br

Postado originalmente por: Portal Sete

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