Dois são presos em Montes Claros, suspeitos de extravio de respiradores

Duas pessoas foram presas na operação O2, deflagrada pela Polícia Federal em Montes Claros (MG), para investigar o extravio de dois respiradores.

A ação, realizada neste sábado (27), ocorreu três dias após a Prefeitura decretar toque de recolher na cidade e um dia depois da Santa Casa atingir 100% da ocupação de leitos destinados à Covid. O município é referência em saúde para outras 100 localidades.

Além dos mandados de prisão, foram cumpridas três ordens judiciais de busca e apreensão. O superintendendo da unidade de saúde, Maurício Sérgio Sousa e Silva, confirmou que um dos envolvidos trabalhava como enfermeiro no hospital.

Respirador vendido abaixo do valor de mercado

O delegado explicou que, por meio do material apreendido e dos depoimentos, a investigação vai analisar se há outras pessoas envolvidas.

A PF também busca mais detalhes sobre como os equipamentos foram subtraídos do hospital. De acordo com documentações obtidas na apuração, um deles foi vendido por R$ 25 mil, valor muito inferior ao preço de mercado, que é de aproximadamente R$ 100 mil.

“No curso das investigações foi constatado que um dos aparelhos havia sido vendido para uma empresa de São Paulo. A partir daí, a empresa tomou conhecimento que esse objeto seria proveniente de ilícito penal. Essa empresa tomou providência de restituir o aparelho à Santa Casa de Montes Claros.”

Providências adotadas pela Santa Casa

O superintendente da Santa Casa explicou que os respiradores foram adquiridos por meio de licitação e com recursos do Governo Federal.

“Importante ressaltar que a Santa Casa de Montes Claros, tendo um controle sobre esses equipamentos, percebeu em pouco tempo que estavam faltando dois equipamentos em todo o seu parque tecnológico. Como os senhores percebem, são equipamentos móveis, que cabem dentro de uma mochila. Tão logo identificamos, tentamos localizar no interior da instituição, não localizados, imediatamente, procedemos um comunicado à Polícia Federal”.

Os equipamentos furtados já foram restituídos à Santa Casa. Maurício Sérgio Sousa e Silva confirmou ainda que o funcionário envolvido trabalhava no local há alguns anos.

Punição

Os investigados poderão cumprir até sete anos de reclusão, se condenados pelos crimes de furto e associação criminosa. O cometimento de outros delitos será investigado.

Da Redação com G1

Postado originalmente por: Portal Sete

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