Em Sete Lagoas: Ética e respeito em tempos de crise

Não é novidade para ninguém, que estamos vivendo uma das piores crises político-econômica-social de todos os tempos. Também tem se tornado um lugar comum entre nós a constatação de que vivemos uma crise da ética, como jamais constatada em nossa história.

Acontecimentos recentes com denúncias de corrupção nos mais altos escalões do governo, do legislativo e do meio empresarial vêm causando perplexidade pelo alcance e a dimensão de casos que, se de um lado, sempre se suspeitou que ocorressem, por outro lado, nunca se pensou que tivessem essa magnitude e que pudessem causar os prejuízos que concretamente causaram.

São incalculáveis os desafios trazidos para a sociedade brasileira e as consequências desses processos que se tornaram parte de nosso dia. A pergunta sempre feita é: Qual a saída? Um ponto positivo é certamente o aumento da consciência ética do cidadão brasileiro, ou seja, a percepção da importância de uma postura mais ética. Além disso, a certeza da impunidade das elites, muito comum em nosso contexto, em grande parte também caiu por terra. Mas, o que significa uma postura mais ética?

Em Sete Lagoas, no último final de semana, tivemos uma demonstração do que pode ser considerada uma atitude ética, respeitosa e com compromisso e responsabilidade social: A crise em todo o país, deflagrada após o início da greve dos caminhoneiros tem gerado uma série de transtornos para a população. Tem faltado muita coisa, até mesmo pela escassez de produtos de primeira necessidade para a população, como gás de cozinha e gasolina.

Sem gasolina alguns dos serviços essenciais para a comunidade não podem ser realizados. Como fazer a segurança pública da cidade e região? De que forma os profissionais da área de saúde poderão socorrer as pessoas se as ambulâncias e samus não tiverem combustível para os deslocamentos? Corpo de bombeiros, guarda municipal, patrulhamentos diversos e vários outros serviços não podem ser executados sem o devido abastecimento.

Foi aí que entrou em cena uma das empresas mais tradicionais de Sete Lagoas: A direção do Posto Santa Helena, que compõe o Grupo Irmãos Silva, demonstrou que atitudes éticas são possíveis, mesmo à beira do caos. De maneira arrojada e surpreendente, a empresa conseguiu transportar combustível para o posto que fica na Avenida Antônio Olinto, em frente a Praça da Estação e foi capaz de atender centenas de usuários de Sete Lagoas e de municípios vizinhos. Obviamente que, os primeiros a utilizar o combustível, tanto no sábado quanto no domingo passados, foram os veículos de segurança pública e da área de saúde. Depois, o público em geral também foi atendido, até que todo o estoque se esgotasse.

Mas, o que tem demais nessa história? Qual foi a tal atitude ética da empresa? É que, além de priorizar os veículos que atendem necessidades básicas da população, o Posto Santa Helena manteve o mesmo preço do combustível, praticado antes do início da greve. As circunstâncias permitiam e até acenavam com outro tipo de postura: Faltando gasolina em toda a cidade, a população desesperada e precisando se locomover e ainda tendo que pagar horas extras e adicionais para um grande número de funcionários que foram convocados para o trabalho de forma excepcional, em pleno final de semana, era lógico imaginar que a conta cairia no bolso do povo, como quase sempre acontece no Brasil.

Mas a Santa Helena surpreendeu, congelou o preço, atendeu a todos de forma organizada e respeitosa e ainda contribuiu para que serviços públicos essenciais não fossem paralisados no final de semana.

É gente com esse tipo de mentalidade e comprometimento com Sete Lagoas e todas as cidades brasileiras que estamos precisando.

São empresários, que, antes de mais nada, na condição de simples mortais, colocam-se no lugar das pessoas e agem com um bom senso extraordinário!

Certamente, a sociedade há de reconhecer tamanha nobreza de sua atitude, direção e equipe do Posto Santa Helena!

Da Redação

Postado originalmente por: Portal Sete

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