Estado anuncia compra de 747 ventiladores com recursos de ação contra Samarco

Autorização para adquirir os equipamentos, no valor de R$ 44 milhões, vem de parte da quantia depositada em juízo pela mineradora a título de garantia pelo rompimento da barragem de Mariana

A Justiça Federal de Minas Gerais autorizou que o Estado faça a aquisição de 747 ventiladores pulmonares para o combate à pandemia do novo coronavírus, por meio de recursos depositados em juízo pela mineradora Samarco, a título de garantia, como compensação pelo desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015.

A ação conjunta, movida pela Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG), com participação do Ministério Público e da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), foi deferida pelo juiz federal Mário de Paula Franco Júnior.

Os ventiladores serão adquiridos da empresa KTK Ind. Imp. Exp. Com. de Equip. Hosp. Ltda, com sede em São Paulo, que apresentou proposta comercial no dia 22 de abril. A compra está orçada em quase R$ 44 milhões. Os equipamentos deverão ser entregues nos meses de maio, junho e julho.

“A autorização para adquirir os equipamentos para combater o coronavírus vem de parte da quantia depositada em juízo pela Samarco a título de garantia do rompimento da barragem, em Mariana”, explicou o governador Romeu Zema, no Twitter.

São dois tipos de ventiladores: 562 servoventiladores para pacientes adulto/pediátrico e 185 ventiladores de transporte para pacientes adulto/pediátrico/neonatal.

Além da compra dos equipamentos num momento em que governos disputam ventiladores pulmonares, o Estado conseguiu uma economia, levado em conta o preço médio praticado no mercado internacional.

Na decisão, o juiz federal concluiu que “o preço de R$ 70 mil para cada ventilador destinado a uso em CTI, não obstante encontrar-se em patamar acima do que era praticado antes da pandemia mundial da Covid-19, encontra-se muito aquém dos preços orçados na China, praticados na média de R$ 350 mil para cada respirador, sem contabilizar os custos de importação, frete e o risco de transações internacionais fechadas apenas por WhatsApp”.

O Tempo

Postado originalmente por: Portal Sete

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