Exposição no Casarão vai retratar a força da cultura afro-brasileira

O Centro Cultura Nhô-Quim Drummond – Casarão recebe entre 4 e 21 de novembro a exposição “Kilombo – A África que habita em nós”. O trabalho de Maria Daniel Balcazar, fotógrafa documental e artística boliviano-americana traduz sua profunda admiração e respeito pela cultura afro-brasileira e sua força de resistir e transcender. Sete Lagoas foi cenário para produção de algumas de suas imagens. O espaço recebe o público diariamente de 8h às 17h.

A turnê nacional da exposição, que começou numa temporada de grande sucesso no Centro Cultural Justiça Federal do Rio de Janeiro, se inicia por Sete Lagoas, e vai ainda para favelas cariocas. “É importante para mim que essas generosas comunidades vejam o resultado do trabalho. Abriram suas casas, suas intimidades, para que eu registrasse em imagens suas vidas. Fico honrada em poder devolver a todos o carinho com que me receberam”, diz a artista. A exposição também vai para Nova Iorque.

“Kilombo” também batiza um cuidadoso livro de arte da artista, editado pelo fotógrafo norte-americano David Alan Harvey, um dos monstros sagrados da profissão, que trabalhou para o The New York Times, National Geographic e é membro pleno da Agência Magnun. David tem Maria Daniel Balcazar como pupila há seis anos e cuidou de cada detalhe da publicação impressa na Itália, que a fotógrafa lança ainda esse ano.

Serviço

Exposição: “Kilombo – A África que habita em nós”

Autor: Maria Daniel Balcazar

Local:  Centro Cultura Nhô-Quim Drummond – Casarão

Data: 4 a 21 de novembro

Horário: 8h às 17h

A exposição exibe fotos que congelam em imagens a vida cotidiana e o sincretismo religioso das práticas e costumes culturais afro-brasileiros. Sejam eles em favelas, quilombos, terreiros, procissões ou cemitérios. Estejam eles no Rio de Janeiro, Bahia ou Minas Gerais. A curadora da exposição, Vivian Faingold, ressalta a reverência que a artista deixa transparecer “ao capturar imagens que mostram diferentes aspectos de uma diáspora africana, que começa a ser recontada pelos descendentes de seus protagonistas.”

A escolha do nome da mostra e do livro foi dedicada ao território de resistência e de transcendência que a palavra africana – daí a grafia com K – significa hoje para brasileiros e estrangeiros. “As palavras se mantém vivas e estão sempre sendo ressignificadas. E Kilombo será sempre um território de luta, esperança, resistência e de formação de identidade de uma nação”, diz Maria.

Ela conta que iniciou este projeto no Rio em 2015, visitando vários lugares diferentes onde populações e comunidades de afrodescendentes vivem e se reúnem, e participando de rituais de candomblé e umbanda e de manifestações culturais como a capoeira e o samba. “Encanta-me a universalidade e vitalidade de tradições, simbolismos e sincretismos culturais que buscam realçar a beleza, a dignidade e o extraordinário do cotidiano”, diz a artista.

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A exposição "Kilombo..." referencia a resistência negra no Brasil - Divulgação
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Renato Alexandre

Prefeitura de Sete Lagoas

Postado originalmente por: Portal Sete

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