Governo Zema deve R$ 139 milhões em repasses da saúde para Belo Horizonte

A gestão de Romeu Zema (Novo), em quatro meses de governo, já deve aos municípios da região metropolitana de Belo Horizonte o valor de R$ 240 milhões relacionados a repasses para a área da Saúde. Deste valor, R$ 139 milhões deveriam ser destinados apenas para a capital. Os valores foram informados pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS), na tarde desta quinta-feira (25).

Além da dívida deste ano, administração passada, comandada por Fernando Pimentel (PT), também deve R$ 673 milhões em repasses para a saúde dos municípios da região metropolitana. Desta fatia, a PBH tem R$ 385 milhões para receber.

Somando os valores devidos por Zema e Pimentel, a dívida se aproxima de R$ 1 bilhão com os municípios da Grande BH. Somente a capital tem aproximadamente R$ 525 milhões para receber das duas gestões.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reconhece a dívida (veja abaixo) e alega dificuldades para realizar os repasses, principalmente, por conta da dívida herdada das gestões anteriores. “A SES-MG entende ser de suma importância a regularização dos repasses e reforça que o Governo de Minas está trabalhando para mudar essa realidade”.

O prefeito comentou a respeito dos valores enquanto apresentava as medidas para combater o aumento de casos de dengue em BH. Kalil garantiu que não faltará recursos para a saúde da capital, contudo, os atrasos têm dificultado a situação.

“Dengue se cura com remédio para febre, soro, luva, esparadrapo, médico e enfermeiro. A dengue não é um problema de Belo Horizonte, são mais de três mil casos no Brasil, por dia. Por isso, é preciso de médicos, investimento e dinheiro”, disse Kalil.

De acordo com o prefeito, as críticas destinadas à prefeitura são injustas, já que, mesmo com dificuldades, a prefeitura está mantendo o atendimento aos necessitados.

“Estão tratando como o vilão quem levou o tiro e não quem fez o disparo. Vamos bater em quem deu o tiro e não em quem está tirando a bala e tentando resolver o problema de Belo Horizonte e região. É muito importante esclarecermos para a população o que está acontecendo. É ruim ficar tomando porrada por quem tá tratando do Estado. Eu não sou governador do Estado, eu sou prefeito de Belo Horizonte”, afirmou o prefeito.

Secretaria de Saúde

Em nota (confira na íntegra abaixo), a SES-MG informou que, em 2019, já repassou o valor de R$ 245,1 milhões ao Fundo Municipal de Saúde de Belo Horizonte. “Desse total, cerca de 85%, ou seja, R$ 209,2 milhões, eram relativos a resoluções de anos anteriores a 2019”, diz o órgão.

Em relação a dívida exposta por Kalil, a secretaria disse que trabalha para sanar o déficit. “Sobre os demais débitos em atraso, a SES-MG entende ser de suma importância a regularização dos repasses e reforça que o Governo de Minas está trabalhando para mudar essa realidade. Prova disso é o acordo firmado com a Associação Mineira de Municípios, que possibilitará o pagamento de R$ 7 bilhões às prefeituras mineiras”, afirma.

Além disso, a SES-MG ressalta o fato de o novo governo ter herdado uma dívida das gestões anteriores, o que prejudica os compromissos do Estado. “Vale lembrar que a atual gestão herdou uma dívida de R$ 34,5 bilhões. O saldo negativo tem reflexos no dia a dia do cidadão”, diz.

Nota da SES-MG na íntegra

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que, neste ano de 2019, já efetuou o pagamento do montante de R$ 245.120.589,62 ao Fundo Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Desse total, cerca de 85%, ou seja, R$ 209.238.259,86, eram relativos a resoluções de anos anteriores a 2019. Sobre os demais débitos em atraso, a SES-MG entende ser de suma importância a regularização dos repasses e reforça que o Governo de Minas está trabalhando para mudar essa realidade. Prova disso é o acordo firmado com a Associação Mineira de Municípios, que possibilitará o pagamento de R$ 7 bilhões às prefeituras mineiras. Reiteramos que a atual administração tem como premissa buscar o equilíbrio das contas públicas, por meio da redução de gastos e da eficiência da gestão estadual. Vale lembrar que a atual gestão herdou uma dívida de R$ 34,5 bilhões. O saldo negativo tem reflexos no dia a dia do cidadão. A atual gestão segue se empenhando para sanar tais deficiências, sobretudo na área da saúde, e garantir a continuidade dos serviços prestados aos beneficiários, por parte de todos os credenciados.

Com BHAZ

 

Postado originalmente por: Portal Sete

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