Homens que ofereciam combate ao crime mediante pagamento são investigados em MG

Os dois suspeitos garantiam combater crimes como tráfico de drogas, homicídio e até violência doméstica, em Contagem, em troca de pagamento

Dois homens são investigados pela Polícia Civil suspeitos de cometer crime de usurpação da função pública em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo declarou o delegado Clayton Ricardo da Silva, nesta quinta-feira (30), os suspeitos se ofereciam a moradores da cidade para combater crimes como violência doméstica, tráfico de drogas, maus-tratos a pessoas com deficiência e até homicídio. Os serviços eram comercializados pelo WhatsApp.

“Foram qualificados dois indivíduos, um de 20 e outro de 33 anos, que já foram intimados para prestar esclarecimentos. A polícia trabalha com a hipótese de usurpação da função pública já que além do serviço de segurança, eles se propunham a prevenir delitos de natureza violenta, entre outros, que são privativos das forças de segurança”, esclareceu Silva, que está à frente do inquérito.

No decorrer dessa primeira parte das investigações, a Polícia Civil recolheu capacetes, coturnos e jaquetas que eram usados pelos suspeitos como “material de trabalho”. Aliás, um deles se autointitulou “comandante-geral” do serviço de “polícia privada”. “A dita atividade usava o mesmo nome pelo qual é conhecido um dos grupos da Guarda Municipal aqui na cidade, isso para dar maior robustez àquilo que eles apresentavam por história”, detalha o delegado.

Os serviços oferecidos pelos dois homens eram divulgados através de uma imagem que circulou no WhatsApp. O panfleto virtual usado por eles garantia “patrulha 24 horas” em casas, sítios, lojas e associações, inclusive com atendimento especializado para pessoas com deficiência auditiva.

“Atendemos denúncias de crimes e ocorrências suspeitas com relação com (sic) eventos criminosos em geral, buscando prevenir sua consumação e proteger o patrimônio e a vida de nossos clientes”, segundo escreveram na mensagem contida no panfleto. As investigações continuam para identificar se os dois realmente cometeram crime de usurpação da função pública, cuja pena se estende entre dois e cinco anos de prisão, além de esclarecer quanto eles cobravam pelos serviços prestados.

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Postado originalmente por: Portal Sete

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