Marcelo Cooperseltta: Carta à população de Sete Lagoas

As eleições se aproximam. O próximo dia 15 é a última data para os partidos registrarem seus candidatos após as convenções. Lembro-me que ao filiar ao MDB mineiro, o fiz, a convite do então presidente Aloísio Barbosa e considerando a importância do partido para o desenvolvimento do Brasil, de Minas Gerais e de Sete Lagoas. Após as eleições de 2016, além de ser o vereador mais votado do partido, fui o terceiro dentre os 380 candidatos que disputaram a eleição. Exerci com dignidade o cargo de secretário municipal de esportes e lazer, quando chamado pelo prefeito Leone Maciel e o faço, agora, como vereador.

Acontece que, o meu partido, dito Movimento Democrático Brasileiro, parece que além de não reconhecer o meu trabalho, caminha em sentido contrário ao que o partido tanto prega. Democracia.

Eu voltei para a Câmara para concorrer às eleições. Ocorre que, vergonhosamente não poderei participar do pleito, porque o meu partido, o MDB, não me deu legenda. O presidente do partido, Douglas Melo, aquele que deveria ser o primeiro a zelar pelo compromisso da nossa sigla com a sociedade, na verdade foi a pessoa que mais trabalhou para que isso acontecesse, ou seja, para que eu ficasse fora da disputa.

E por que isso? Para minar a democracia, para cercear a livre concorrência política, e verdadeiramente cassar o direito do cidadão de escolher seu representante. Nas pesquisas, meu nome foi muito bem lembrado. O cenário das eleições com minha candidatura acirrava a disputa, o que obrigaria tanto eu, quanto qualquer candidato a trabalhar bastante para conquistar o voto dos eleitores.

Talvez isso, tenha despertado todo esse autoritarismo (jogo de poder) e porque não dizer medo, do presidente do meu partido e também candidato, em viabilizar a minha candidatura. A convenção do partido foi uma verdadeira vergonha, se é que se pode chamar de convenção. Na verdade foi um encontro de cartas marcadas. Um grupo de pessoas, defendendo seus interesses e não os da sociedade, à portas fechadas, decidiram, da forma que bem entenderam, quem representará o povo pelo partido. Mas se esqueceram que a resposta vem nas urnas.

Infelizmente, eu não sou candidato. Em uma cidade que poderia fazer dois Deputados Estaduais com facilidade. Será eu quem nada contra a maré? Ou é esse partido, MDB de Sete Lagoas, através de seu presidente, que dessa maneira está acabando com todos os princípios que o partido construiu ao longo da sua história? Pela segunda vez, por causa do meu próprio partido, fui impedido de fazer o meu trabalho em prol da nossa cidade. Pra quem não se lembra, fui vergonhosamente traído na eleição da mesa diretora e hoje, mais uma vez, traído, não posso concorrer às eleições.

O empenho do presidente e deputado estadual, no seu mandato, deve ser considerado. Se ele tivesse sido impedido de participar das eleições, certamente todo esse investimento na segurança pública não teria ocorrido. Contudo, em Sete Lagoas não tem só bandido. Tem trabalhadores, tem mãe e pai de família, tem médico, tem professor (que está com salário atrasado e como se não bastasse até a verba carimbada do FUNDEB também esta atrasada) tem esportista, tem artista. Esse povo também precisa de atenção. Se eleito, esse seria o meu papel. O de cobrar do Governo do Estado solução eficaz para resolver esses impasses, como o próprio hospital regional.

Eu não represento essa diretoria mesquinha. Eu não represento esse partido que não tem princípios. Eu não carrego essa vontade de permanecer no poder para tirar qualquer tipo de vantagem no exercício da função. O MDB de Sete Lagoas não traiu só a mim. O MDB de Sete Lagoas ruiu com a expectativa do povo setelagoano de ver a mudança política que nós tanto almejamos.

Quero aqui agradecer a todos os meus cabos eleitorais, amigos e pessoas que torceram para que eu fosse candidato a Deputado Estadual. Tenham certeza que continuarei lutando por meus ideias e pela nossa comunidade. Lembro a vocês que “bem aventurados aqueles que têm sede de justiça, porque Deus é Justiça”. E a justiça há de ser feita.

Ascom Marcelo Cooperseltta

Postado originalmente por: Portal Sete

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