Minas investiga 166 óbitos com suspeita de coronavírus

Além dos 234 óbitos por Covid-19 confirmados em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) investiga outros 166. O número de óbitos em investigação não era divulgado nos boletins diários do Estado desde o dia 14 de maio, mas a divulgação vai retornar nesta quarta-feira (27), segundo o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. “Isso vai ser importante para trazer mais transparência nos boletins e tranquilidade”, justificou.

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (26), ele listou que 1.106 óbitos suspeitos da doença foram notificados em Minas, até então: 706 deles foram descartados, 234 foram confirmados pelos exames e 166 seguem sendo investigados.

A reportagem questionou se os boletins epidemiológicos também vão voltar a trazer informações sobre os casos suspeitos de contaminação, que desde o dia 14 de maio são classificados como Síndrome Gripal Inespecífica e não são mais informados com números da Covid-19, e aguarda retorno.

“Fazemos menos testes porque temos menos casos graves”, diz subsecretário

Na mesma entrevista, o subsecretário de vigilância em saúde de Minas Gerais, Dario Ramalho comentou a situação dos testes em Minas Gerais — atualmente, foram realizados 20.254. “Fazemos menos testes (que outros Estados) porque temos menos casos graves neste momento”, afirmou. Atualmente, o protocolo é testar especialmente os casos mais graves da doença e profissionais de saúde.

Ainda não há perspectiva para testagem em massa dos mineiros, explicou o secretário Carlos Eduardo Amaral: “Estamos fazendo uma análise pormenorizada de qual seria o objetivo efetivamente de uma testagem em massa. Testar 21 milhões de pessoas para saber se têm a doença naquele momento e ter que testar depois de uma semana, 15 dias, não tem razoabilidade prática”.

Ele explicou que os 551 mil testes rápidos distribuídos pela secretaria entre municípios do Estado podem ser usados de outras formas por prefeitos, mas que a orientação é utilizá-los principalmente em profissionais de saúde e de segurança pública que já apresentaram sintomas para entender quando poderão retornar ao trabalho. O subsecretário Dario Ramalho lembrou que os testes rápidos são ideias após oito dias de contaminação, pois detectam os anticorpos no organismo, e não o vírus, como é feito pelos exames PCR.

Cloroquina segue em análise em Minas

Desde que o Ministério da Saúde ampliou os protocolos para uso da cloroquina inclusive em pacientes com sintomas leves, no dia 20 de maio, a Secretaria de Estado de Saúde afirma que analisa como o medicamento poderá ser utilizado em Minas — até então, a recomendação segue sendo apenas para quadros graves.

“Estamos fazendo uma análise o mais técnica possível, porque nosso objetivo não é simplesmente usar ou não, mas trazer algum grau de direcionamento e confiabilidade técnico-científica para a sociedade. Neste momento, estamos fazendo acompanhamento de cada estudo e análise tanto do ponto de vista farmacêutico quanto médico”, disse, lembrando que a avaliação é conduzida pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes-Minas) e ainda não tem prazo para ser concluída.

 

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Postado originalmente por: Portal Sete

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