Ministério divulga dados completos, e Brasil volta a registrar mais de mil mortes em 24 horas

Depois de omitir dados nos últimos dias, Ministério da Saúde volta a divulgar balanço completo nessa terça-feira

No dia em que o Ministério da Saúde voltou a divulgar os números completos do coronavírus no Brasil, o país voltou a registrar mais de mil mortes pela doença em 24 horas. Segundo balanço na noite dessa terça-feira (9), o país contabilizou 1.272 óbitos e 32.091 novos casos desde segunda-feira. Os dados coincidem com os mostrados pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

Os dados de segunda-feira mostravam que o Brasil somou 679 mortes, número considerado normal pelo Ministério da Saúde. O governo alega que a diferença ocorre porque alguns sistemas de coletas de dados de estados e municípios não são atualizados nos fins de semana para serem totalizados.

Com isso, o Brasil passa a registrar 739.503 pessoas infectadas por COVID-19. O total de óbitos é de 38.406 óbitos. A taxa de mortalidade é 18,3 a cada 100 mil habitantes. O Ministério da Saúde também voltou a divulgar o número total de pacientes curados: agora são 311.064.

O governo só voltou a divulgar o total de mortos e infectados depois de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Na noite de segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a pasta recolocasse estes dados no ar, além de informações sobre a curva de notificações da doença no país.

Posição do Ministério

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ressaltou nessa terça-feira que o modelo de divulgação de boletins diários de casos de COVID-19 que era adotada pelo governo federal nunca o agradou. Nos últimos dias, o governo foi alvo de críticas pela mudança de critério para a contagem de óbitos.

Segundo ele, não era a intenção do governo omitir dados e sim reformular a apresentação das informações. “Não acho que estados e municípios mandem dados errados, são os que eles têm. Mas, na minha avaliação, não eram fidedignos”. Ele afirmou que a intenção é destacar a data em que ocorreu o óbito do paciente.

Pazuello indiciou que o o Ministério da Saúde poderá divulgar novas informações no banco de dados, como gráficos sobre ocupação de leitos de UTI e de casos suspeitos da doença do Brasil. Até então, a pasta só divulga dados de casos confirmados e de óbitos.

Nordeste x Sudeste 

Os casos de coronavírus no Nordeste e no Sudeste correspondem a 70% dos infectados do Brasil. O último balanço mostrou que o Nordeste registrou 260.669 casos e 12.134 óbitos, com índice de mortalidade de 21,3 por 100 mil habitantes. Já o Sudeste contabilizou 261.183 infectados e 17.753 mortes (20,1 de mortalidade).

Recorde em São Paulo 

O estado de São Paulo registrou nessa terça-feira, 9, o maior número de mortes diárias desde o início da pandemia. A unidade federativa contou 334 novos óbitos por causa da doença superando a marca de 327 da última terça-feira (2). No total, foram registrados 150.138 casos confirmados de infecção e 9.522 óbitos desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram contabilizadas 5.545 novas pessoas infectadas, um aumento de 3,8%, e 334 novos óbitos, um crescimento de 3,6%. A taxa de ocupação dos leitos de UTI no Estado é de 68,6%, enquanto na Grande São Paulo o índice é de 74,1%.

Como vem ocorrendo diariamente, o Rio de Janeiro também acumula números cada vez mais alarmantes. O estado chegou ao número de 72.979 pessoas infectados e 6.928 mortes. Nessa terça-feira, foram  3.480 novos casos e 147 óbitos. Os dez municípios que concentram mais mortes por COVID-19 no estado do Rio são a capital (4.599), Duque de Caxias (303), Nova Iguaçu (253), São Gonçalo (252), Belford Roxo (136), Niterói (134), São João de Meriti (123), Magé (107), Itaboraí (96) e Mesquita (70).

Estado de Minas

Postado originalmente por: Portal Sete

Pesquisar