Sem prisão semiaberta em Varginha, goleiro Bruno deve jogar no Boa de dia e dormir em casa à noite

O advogado do goleiro Bruno Fernandes de Souza, Fábio Gama, pediu, na quinta-feira (11), a progressão de pena do atleta para o regime semiaberto. Tão logo o assunto seja tratado pela Justiça, Bruno poderá passar a trabalhar e, em seguida, retornar e dormir em casa, já que não há prisão de regime semiaberto em Varginha, no Sul de Minas.

A Justiça mineira havia atualizado o atestado de pena de Bruno, liberando a defesa para que pedisse remição penal neste sábado (13). No entanto, devido ao feriado, Gama apresentou documentação com adiantamento.

Bruno foi condenado em 2013 a 20 anos e nove meses de prisão pela morte da ex-amante Eliza Samudio. Como já cumpriu 1/3 da sentença (ele foi preso em 2010), o jogador tem direito ao pedido. Inicialmente, a petição seria válida a partir de 4 de novembro.

No entanto, a defesa solicitou à Justiça, em Varginha, que abatesse 24 dias da pena, oriundos de dias de trabalho, estudo e leitura realizados por Bruno na cadeia (pela lei, a cada três dias de atividade, o preso ganha um dia a menos de pena).

Regime aberto

Bruno cumpre pena na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), em Varginha, presídio inapto ao regime semiaberto – em que o presidiário deixa a prisão durante o dia e retorna à noite. Além disso, a cidade não tem outras instituições em que o goleiro pudesse cumprir a pena nesse formato.

Por essa razão, Bruno deverá trabalhar durante o dia e, à noite, dormir em casa. A soltura de Bruno, porém, depende de avaliação do Ministério Público para concessão ao condenado. A expectativa do advogado de Bruno é que, após análise judicial, o condenado seja liberado para prisão domiciliar a qualquer momento.

Caso a liberação aconteça, Bruno deve retornar ao trabalho no time de futebol Boa Esporte, em Varginha, com quem mantém contrato pelos próximos anos.

O caso

Bruno foi condenado, em 2013, pelo homicídio triplamente qualificado da ex-namorada, ocultação do cadáver e sequestro e cárcere privado do filho. Ele chegou a ficar dois meses em liberdade, por causa de uma liminar, entre fevereiro e abril deste ano. Durante o período, atuou pelo Boa Esporte, de Varginha, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro de futebol.

Eliza Samudio desapareceu em 2010 e o corpo dela nunca foi achado. Ela tinha 25 anos na época e era mãe do filho recém-nascido do goleiro. Na ocasião, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

Postado originalmente por: Portal Sete

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