Virada Cultural está confirmada e terá 400 atrações durante 24 horas ininterruptas em BH

A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou a 5ª edição da Virada Cultural. Serão 400 atrações, das 17h de sábado do dia 20 de julho, às 17h de domingo, dia 21 de julho, que devem atrair cerca de 500 mil pessoas. Do total de atividades, 120 serão selecionadas pelo edital de programação, que está aberto para receber inscrições dos interessados.

A cidade ficou dois anos sem o evento. Em 2017, a PBH alegou falta de verbas e, no ano passado, falta de tempo para cumprir os prazos legais para a realização do evento.

A programação incluirá arte urbana, música, dança, circo, cinema, teatro, programação infantil, stand up, artes visuais, literatura, fotografia, vídeo, arquitetura, moda, design, esporte de rua, arte digital, animação, games, gastronomia, cultura popular e performances. Tudo isso, realizado em 24h ininterruptas em um circuito formado por seis áreas principais no hipercentro da capital, além de espaços culturais parceiros.

Artistas, agentes culturais, empreendedores e público serão convidados a construir juntos, experiências de convívio e redescoberta do ambiente urbano. A proposta é mostrar uma cidade pulsante, com espaços públicos ocupados, um circuito com atrações diversas. O orçamento previsto para o evento é de R$ 850 mil, valor que poderá ser ampliado com aporte de patrocinadores privados e captação de parcerias.

Para o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, realizar a Virada em 2019 é uma conquista da cidade, que se soma a outras políticas culturais implementadas nos últimos anos em Belo Horizonte. “É importante enxergarmos a Virada no contexto mais amplo da cultura na capital, em que há uma composição de iniciativas voltadas para a descentralização, estímulo à produção, fruição e celebração. A Virada traz o diferencial do olhar para o hipercentro, uma vivência diferente no espaço público e uma abertura para a experimentação e novos formatos”, diz Juca Ferreira.

Seguindo a experiência de outros grandes eventos realizados em Belo Horizonte, a Virada é construída de forma integrada. BHTrans, Guarda Municipal, SLU, Belotur, secretarias municipais de Assuntos Institucionais e Comunicação Social; de Política Urbana; de Saúde; de Meio Ambiente; de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania; de Educação; de Esportes e Lazer; Fundação de Parques Municipais, e outros órgãos públicos farão parte do planejamento do evento.

“Belo Horizonte aprendeu e cresceu com grandes eventos de rua nos últimos anos. O Carnaval e a Virada são exemplos de como os órgãos públicos, as equipes de produção, os artistas e toda a população trabalham de forma colaborativa para ampliar a oferta de cultura e turismo na capital mineira. É o que vamos fazer mais uma vez”, afirma o secretário de Cultura.

Circuito no Hipercentro

A delimitação de um circuito no Hipercentro da capital para sediar o evento vai dar o tom da experiência do público. A Virada Cultural de Belo Horizonte estará ancorada em seis pontos principais: Aarão Reis (embaixo do Viaduto), Parque Municipal Américo Renné Giannetti, Praça Sete, rua da Bahia com avenida Santos Dumont, rua Guaicurus e rua Goiás. Cada um desses espaços trará uma abordagem temática conforme vocação cultural e histórica de eventos já realizados. No atual projeto, os acessos de ligação entre um ponto e outro serão ativados com intervenções urbanas e performances.

A presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin, explica que essa edição traz um conceito de apropriação dos espaços públicos que é diferente da ocupação cotidiana. “Para este ano buscamos evoluir na diversificação das linguagens, em novos formatos e na qualidade da experiência do público. Iremos incentivar a circulação das pessoas pelas ruas e a observação de aspectos da arquitetura e do patrimônio cultural, usufruindo de intervenções gratuitas, próximas, e que gerem um sentimento de afeto pela cidade”, assinala.

Segundo a presidente, o evento pretende, também, envolver o comércio, a gastronomia de boteco, suas praças, pontos de encontro e mercados tradicionais. “Queremos fortalecer a percepção dos cidadãos em relação ao hipercentro de Belo Horizonte, potencializando a vocação cultural da região”, define.

Segunda edição da Virada Cultural atraiu 350 mil pessoas (Cida Reis/PBH/Divulgação)
Segunda edição da Virada Cultural atraiu 350 mil pessoas (Cida Reis/PBH/Divulgação)

Para fazer parte da programação

O Instituto Periférico, Organização da Sociedade Civil responsável pela execução da 5ª edição da Virada Cultural de Belo Horizonte, selecionada por meio de chamamento público, disponibiliza o regulamento público para interessados em compor a programação do evento. Até o dia 12 de maio poderão ser inscritas propostas de projetos de arte urbana, música, dança, circo, cinema, teatro, artes visuais, gastronomia, moda, games, espetáculo infantil, cultura popular e outros segmentos.

Todo o processo de inscrição é online. Desde o envio de documentos até a disponibilização de conteúdos por meio de links que apresentem o trabalho proposto. O resultado será divulgado no site oficial do evento. O regulamento, o formulário de inscrições e outras informações estão disponíveis em www.viradacultural.pbh.gov.br.

A composição da programação será feita mediante a seleção de pelo menos 120 atrações de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Outras atividades, oferecidas por parceiros ou convidadas diretamente pela coordenação da Virada, vão compor um total de aproximadamente 400 atrações. A programação associada também terá a consolidação das agendas contínuas de teatros, museus, centros culturais, cinemas, bibliotecas e outros espaços culturais públicos e privados da cidade.

De acordo com Fabíola Moulin, o chamamento de propostas para a Virada, é um instrumento democrático e participativo para valorizar a pluralidade de Belo Horizonte. “A programação, em formatos distintos – desde a gastronomia, passando por jogos digitais, e até os esportes de rua – buscará proporcionar uma experiência qualificada e diversificada para o público”, reforçou Fabíola.

A diretora-presidente do Instituto Periférico, Gabriela Santoro, destaca que as propostas poderão ter formato para rua/praça/espaços urbanos abertos; palco ou espaço alternativo. “A proposta é trabalhar com parcerias, patrocínios e articulações, buscando um modelo mais sustentável e inovador de evento, com soluções para minimizar os impactos ambientais e estimular a ocupação e convívio no espaço público, de maneira democrática”, afirmou Gabriela Santoro, sobre a produção da Virada.

Virada Cultural de Belo Horizonte

A Virada Cultural de Belo Horizonte é realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, e do Instituto Periférico, com apoio e adesão de diversos parceiros institucionais. Esta é a 5ª edição do evento, que reuniu, em toda a sua história, mais de cinco mil artistas, duas mil atrações e mais de 1,6 milhão de pessoas.

Com BHAZ

 

Postado originalmente por: Portal Sete

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