DNIT REMOVE RADARES DE CONTROLE DE VELOCIDADE NO TRECHO DA RODOVIA QUE CORTA CARATINGA

O número de radares de fiscalização de velocidade vem diminuindo drasticamente nas rodovias brasileiras desde 2019. A promessa do presidente Jair Bolsonaro, sob justificativa de que há uma “indústria da multa” no país, está sendo cumprida à risca nas rodovias federais administradas diretamente pelo governo.

Bolsonaro deu grande destaque em seu discurso para a suspensão do uso de radares móveis e portáteis, mas acabou não renovando contratos que permitiriam a manutenção dos redutores eletrônicos fixos em vários pontos críticos das rodovias. Nestes locais, os motoristas encontram equipamentos desligados, quando não foram removidos.

O trecho da BR-116 que corta Caratinga também está sendo afetado pelo “apagão de radares”. Vários equipamentos foram desativados em pontos de risco para motoristas e pedestres. Contudo, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Dnit, o órgão está cumprindo o acordo judicial homologado em julho de 2019, que prevê a instalação de 1.140 radares em rodovias federais em 2.278 faixas que são consideradas de criticidade média, alta e muito alta em todo o país. A medida é resultado de uma ação popular movida contra a suspensão de instalação de radares definida pelo presidente Bolsonaro.

De acordo com o Dnit, na região de Caratinga serão instalados radares nos KMs 520,450/527,290/529 e 400, além de redutores eletrônicos de velocidade nos KMs 526,500/526,550/526,900/526,980/527,800/527,900 e 528,800. Em todos os casos, aguarda-se assinatura de contrato. Portanto, não estão operando neste momento.

Assunto controverso

Muitos motoristas comemoram a retirada dos equipamentos que obrigam a redução da velocidade, mas outros lamentam a perda de familiares e amigos vítimas de acidentes. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que, no intervalo de tempo em que os radares móveis ficaram desligados no ano passado, o número de acidentes nas rodovias federais cresceu 4,8%, em comparação com o mesmo período de 2018. Foi a primeira alta de mortos ou feridos desde 2011. Nem todos os acidentes são resultado do excesso de velocidade, mas esta imprudência, sem dúvida, é constatada com grande frequência.

E você? Aprova a retirada dos radares das rodovias?

Postado originalmente por: Rádio Cidade – Caratinga / MG

Pesquisar