Esclareça dúvidas com relação ao estudo não presencial do Governo de Minas nesta matéria com as diretoras da superintendência de ensino de Caratinga

A última vez que os alunos da rede estadual de ensino de Minas Gerais foram à escola foi no dia 17 de março. Desde então, as aulas presenciais estão suspensas devido à pandemia de coronavírus. Sem previsão de retorno à normalidade, a Secretaria de Estado da Educação desenvolveu um plano para os alunos estudarem em casa com o suporte de teleaulas pela Rede Minas de televisão, do aplicativo Conexão Escola para smartphone ou computador e do Plano de Estudos Tutorados. Este plano reúne todo o material didático e exercícios que deverão ser feitos no período de um mês para, depois, serem corrigidos pelo professor.

 

O programa começou há uma semana e, agora, a diretora da 6ª Superintendência Regional de Ensino de Caratinga, Landislene Gomes, pode falar sobre o andamento das atividades e esclarecer dúvidas dos nossos ouvintes. Landinha esteve na Rádio Cidade, nesta segunda-feira (25), para uma live em nossas redes sociais, acompanhada da diretora educacional Simone Corrêa.

A diretora da 6ª SRE explicou que antes do início das atividades, no dia 18 de maio, todos os servidores da educação e alunos foram mapeados para identificar quantos deles não têm acesso à Internet ou à Rede Minas. Neste caso, a superintendência se encarrega de entregar na residência deles o Plano de Estudos Tutorados, PET, impresso.

O levantamento feito pelos diretores que acompanham o número de alunos que acessam virtualmente o conteúdo e aqueles que fazem o PET em casa aponta que 40% das crianças e adolescentes matriculados nos 23 municípios da 6ª SER não tem acesso à Rede Minas, à Internet ou pertencem ao grupo de portadores de necessidades especiais.

Não é possível imprimir os PETs para todos os alunos, porque há programas de estudo de quase 200 páginas e eles são mensais. Só a superintendência de Caratinga tem mais de 49 mil alunos de 6 anos ao ensino médio e técnico. Para aqueles que realmente precisam desta alternativa, Landinha conta que muitos professores e diretores têm feito questão de entregar o material pessoalmente, apesar da superintendência disponibilizar outros meios. A entrega dos PETs nas casas tem contado, também, com o apoio dos programas de agricultura familiar, das pastorais, Polícia Militar, charreteiros e leiteiros para que o PET chegue à casas mais distantes da sede dos municípios.

 

Diretora da 6ª SRE Landislene Gomes, Landinha

 

Landinha destaca que pais ou alunos não precisam buscar o material na escola. Mesmo que a entregue demore um pouco, o PET vai chegar à residência daqueles que não tem acesso ao conteúdo de outra maneira.

A diretora educacional Simone Corrêa explicou como o andamento do programa está sendo monitorado.

As teleaulas são ministradas por professores contratados pela Secretaria de Estado. Os professores da rede se encarregam do suporte no desenvolvimento das atividades do PET. A partir desta semana, entrará em funcionamento o chat do aplicativo por onde os professores poderão conversar diretamente com os alunos para esclarecer dúvidas.

Simone Corrêa também fala sobre o suporte dado aos professores que encontram dificuldade na operacionalização da plataforma.

O Estado não terá a obrigatoriedade de cumprir os dias letivos previstos para 2020, mas terá que cumprir a carga horária. A validação desta carga será feita pela entrega do PET com as questões solucionadas. As atividades não têm caráter avaliativo, mas deverão ser feitas para serem computadas como hora/aula. O conteúdo do PET atende exatamente, segundo a superintendência de ensino, o conteúdo que seria oferecido em sala de aula.

A diretora da 6ª SRE reconhece que mesmo com todo esforço para levar o melhor conteúdo aos alunos, o aproveitamento não será o mesmo. Por isso já está sendo pensada a estratégia de reforço para quando voltarem à escola.

Landinha aproveita para deixar claro que o único profissional que está sendo chamado ao trabalho no prédio escolar é o de serviços gerais que não pertence a grupo de risco para a Covid-19. Ainda assim, só é permitido o máximo de três trabalhadores no imóvel, por vez, com obrigatoriedade do uso de equipamentos de proteção individual.

A diretora da superintendência de ensino de Caratinga disse que não é possível prever quando as escolas poderão receber novamento os alunos. Para ele, neste momento, a prioridade é a saúde e a vida.

Postado originalmente por: Rádio Cidade – Caratinga / MG

Pesquisar