Hospital CASU afirma que teste RT-PCR do paciente de Santa Luzia que faleceu deu positivo para Covid-19

A morte de um paciente de 68 anos que estava internado no Hospital CASU, em Caratinga, vem gerando comentários nas redes sociais que colocam em dúvida o diagnóstico de Covid-19. Algumas pessoas acusam o hospital, e até o município, de atestarem morte por coronavírus, de forma fraudulenta, para lucrarem com estes registros. Neste caso em específico, pessoas que dizem conhecer este senhor que morava no distrito de Santa Luzia afirmam que ele estava doente há várias semanas e que, na verdade, teria falecido devido a uma pneumonia.

 

A Rádio Cidade entrou em contato com o Hospital CASU e sua assessoria informou que o paciente deu entrada na unidade com insuficiência respiratória e pneumonia. Como o quadro foi considerado suspeito para Covid-19, foi colhido o exame RT-PCR. No momento do óbito, o resultado do exame ainda não havia sido liberado, por isso na Declaração de Óbito consta que ele era suspeito para a doença. Após as 18h do dia 8 de julho, o CASU foi comunicado do resultado POSITIVO para Covid-19 e imediatamente comunicou a família, que recebeu cópia do exame.

 

Vídeo fake

Um vídeo compartilhado no Facebook pelo médico cardiologista Édison do Carmo, de Patos de Minas, mostra um homem não identificado afirmando que hospitais recebem R$ 18 mil a cada registro de óbito por Covid-19. A informação, checada por uma coalizão de empresas que verifica textos, vídeos e imagens com desinformações sobre a pandemia, NÃO É VERDADEIRA.

A definição dos valores destinados pelo Ministério da Saúde para ações de enfrentamento à Covid-19 não toma como base o número de pacientes infectados ou mortos. A pasta realiza o repasse de recursos para ações e serviços públicos de saúde. A verba é usada pelas secretarias estaduais e municipais para custeio dos serviços, aquisição de insumos básicos para funcionamento dos postos de saúde e de hospitais, por exemplo, além de possibilitar aquisição de equipamentos e gerenciamento de recursos humanos para servir a população atendida pelo Sistema Único de Saúde.

A vítima em questão, citada pelo médico no vídeo, sequer foi atendida em um hospital e o autor do vídeo não teve contato com a profissional que assinou a declaração de óbito, como diz na gravação. Procurado pelos verificadores, o médico Édison disse que desconhece a origem do vídeo e se arrependeu de postar. Quando decidiu apagar, a publicação já havia sido retirada da própria rede social.

A plataforma CrowdTangle mostrou que o registro mais antigo do vídeo no Facebook é do dia 22 de junho, publicado na página “Olavo tem Razão” menos de uma hora antes do post do médico. O perfil é de seguidores do escritor Olavo de Carvalho, um conselheiro do presidente Jair Bolsonaro.

Boatos que acusam governos estaduais e municipais de inflar o número de mortes para prejudicar o governo federal ou para desviar verbas são recorrentes. Vídeo com acusações de que os governos recebem pelo número de mortos, fraude nos registros de óbitos em cartórios, caixões vazios no Amazonas e redução no número de sepultamentos em São Paulo já foram desmentidos.

Saiba mais sobre o vídeo fake: https://noticias.uol.com.br/…/e-falso-que-hospitais-recebem…

Postado originalmente por: Rádio Cidade – Caratinga / MG

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