Alguns setores podem enfrentar dificuldades de pagar o Pronampe

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Empresas que tomaram empréstimos com juros mais baixos por causa da pandemia podem ter dificuldade em quitar a partir de abril, diante da manutenção de um quadro ainda desfavorável

Empresários podem ter dificuldades de começar a quitar as parcelas do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O financiamento, de apoio a pequenas e microempresas, foi lançado ano passado, por causa da pandemia, e as primeiras parcelas começam a vencer em abril.

Dentro desse contexto, há uma movimentação para que haja mobilização e o pagamento seja prorrogado. A mobilização é encabeçada pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), tendo em vista que as vendas no comércio, em especial, tiveram queda de 6% em dezembro. A CNC também defende novas medidas de socorro às empresas, como adiamento de impostos, suspensão de contratos, por exemplo.

Em Minas Gerais, foram 65,9 mil negócios atendidos pelo Pronampe, com R$4,9 bilhões em recursos financiados.

O presidente do Sinhores (Sindicato dos Proprietários de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Uberaba), Fred Masson, em entrevista à Rádio JM, diz que os prejuízos dos empresários do setor vêm desde o ano passado, com o fechamento dos bares e restaurantes em um primeiro momento e as medidas de contenção ao vírus adotadas para a reabertura, e muitos podem ter dificuldade no pagamento do Pronampe. “Muitos arcaram com empréstimos e não têm capital de giro”, reconhece.

Presidente da Aciu, Anderson Cadima, diz que o acesso a esse crédito com juros baixos no início da pandemia foi o que garantiu a sobrevivência de muitas empresas. Segundo ele, o Pronampe foi muito importante, porque os pequenos negócios, principalmente, puderam reforçar seus caixas naquele momento, a fim de ter um fôlego para enfrentar a pandemia.

Ele diz, no entanto, que mesmo diante de todas as dificuldades não há como afirmar que haverá um grande volume de inadimplência sobre esse crédito, pois ainda não há estudos sobre o impacto disso. “Estamos vivendo uma nova realidade e, mesmo diante das dificuldades, eu acredito que a maioria dos empresários conseguirão honrar com os pagamentos previstos para agora, a partir de março. A Aciu auxiliou muitos empresários de Uberaba na aquisição do crédito, via BDMG, e acreditamos que eles aproveitaram a oportunidade para se reinventar e manter a sobrevivência de suas empresas”, assegura.

Presidente da CDL Uberaba, Ângelo Crema, também acredita que os lojistas uberabenses não terão dificuldades de quitar o financiamento.  “Pois os juros foram baixos e as prestações ficaram bem em conta”, afirmou.

 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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