Arcebispo descarta caráter político de manifesto: “a palavra comunismo hoje não é bem usada”

Foto/Arquivo

O Pacto pela Vida e pelo Brasil publicado pela Arquidiocese de Uberaba reverberou de forma dramática na comunidade. Em entrevista à Rádio JM, o arcebispo Dom Paulo Mendes Peixoto contou que a prefeita de Uberaba, Elisa Araújo, não ficou muito satisfeita ao receber o manifesto.

Na avaliação do arcebispo, as cobranças às autoridades, inclusive municipais, teriam sido ruidosas à prefeita. Apesar do tom questionativo, Dom Paulo fez sua mea culpa e chamou para si também a responsabilidade. “Essa responsabilidade também é minha e de pastores. Acho que todos nós temos essa responsabilidade, não é que seja só dela”, avalia sobre o encontro.

Ainda segundo Dom Paulo, a prefeita pediu que tivesse ocorrido uma conversa antes da publicação do manifesto, para que tivesse havido uma troca de ideias e de informações mais esclarecedoras entre as instituições. “Nós discutimos e chegamos à conclusão de que, quem sabe, a partir desse manifesto a gente consiga criar um caminho de diálogo maior se a gente poder unir forças”, conta.

Dom Paulo ainda relata que houve críticas por parte da sociedade em relação ao Pacto pela Vida. “Já temos recebido algumas afrontas falando que ‘os padres viraram comunistas’, mas parece que essa palavra hoje não é bem usada. Qualquer manifesto a favor da vida dá a impressão de ser um ato político. Mas não, a intenção é de reconhecer esse sofrimento que está havendo com tantas famílias, de tantas mortes, tanto sofrimento. Todos nós temos que nos envolver nessa situação, não só a prefeita, é envolver toda a sociedade para a gente lutar contra a Covid-19”, finaliza.


Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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