Assegurar segunda dose da vacina é essencial para assegurar eficácia prometida em bula, diz infectologista

Segundo o infectologista Vitor Maluf, quem toma a primeira dose da coronavac deve, necessariamente, tomar a segunda dose da mesma vacina entre duas e quatro semanas, senão não haverá imunização (Foto/Eduardo Marins)

Garantir a segunda dose para a primeira fase da vacinação é uma estratégia de segurança pra imunizar o maior número de pessoas, esclarece o médico infectologista Vitor Guilherme Maluf Curi, que integra o Comitê Técnico Científico de Enfrentamento da Covid-19. Uberaba recebeu 9.202 doses da vacina coronavac, o que garantirá a imunização de 4.601 profissionais que atuam na linha de frente da doença. “O ideal seria que houvesse chegado vacina para todos”, diz.

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De acordo com ele, a indicação de duas doses da vacina é para que sejam alcançados os resultados propostos, que é a produção de anticorpos para a proteção do indivíduo. Além disso, o médico ressalta que a segunda dose deve ocorrer entre duas e no máximo quatro semanas após a primeira. Caso contrário, não há a imunização necessária e será preciso uma nova vacinação. “O que pode gerar desperdício de doses”, esclarece.

Neste sentido, Vitor Maluf explica que foi por conta dessa questão que se optou por iniciar a vacinação. “Entendemos que todos queiram ser vacinados, mas foi preciso adotar critérios”, informa. Ele também diz que vacinando primeiramente aqueles que estão trabalhando na linha de frente haverá pessoas para socorrer quem está doente até a chegada da vacina para toda a população.

O infectologista informa, ainda, que se a pessoa tomou a primeira dose de uma marca de vacina, a segunda dose deve ser necessariamente da mesma, para que a imunização seja concluída. “Se você tomou a dose de uma vacina, não deve tomar a segunda de outra. Mas isso está hoje no Plano Nacional de Vacinação e nada impede que isso possa ser mudado com o tempo”, diz.

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A vacina que está sendo utilizada neste primeiro momento, a Coronavac, possui 58% de eficácia e o restante desenvolve apenas a forma leve da doença, sem necessidade de internação e de UTI. “O que é a grande notícia desta vacina”, comenta.

Hoje, a maioria dos imunizantes necessitam da segunda dose. São elas: Coronavac, AstraZeneca – que já possui autorização da Anvisa e que será produzida pela Fiocruz – além da Moderna e a Sputinik. Apenas as vacinas da Pfizer e a da Janssen asseguram apenas uma dose para imunização.

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Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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