Bancários do Mercantil denunciam quebra de acordo entre sindicatos e instituições financeiras

Foto/Jairo Chagas

Segurança dos bancários também é cobrada pelo sindicalista Diego Bunazar, que critica a incapacidade de fiscalização de filas nas portas de bancos em Uberaba

Sindicato dos Bancários de Uberaba repudia a demissão de dois funcionários, em meio à pandemia no município. As demissões ocorreram na quarta-feira, na agência do Banco Mercantil do Brasil. Segundo o presidente, Diego Bunazar, a situação compromete o atendimento ao público – grande parte, pensionistas e aposentados e sobrecarrega os demais funcionários.

Ao mesmo tempo que ocorrem as demissões, o sindicalista diz que o Mercantil do Brasil investe pesado em marketing patrocina lives de duplas sertanejas, ações que considera infrutíferas tendo em vista o público atendido pela instituição financeira. “Repudiamos esta postura pois o sistema financeiro é o mais lucrativo do Brasil”, diz. Além disso, Diego Bunazar lembra do acordo entre bancos e sindicatos em nível nacional para que não ocorra demissões neste período nos bancos privados.

O Sindicato dos Bancários também fiscaliza as medidas preventivas adotadas nas agências bancárias para evitar a transmissão da Covid-19. Na última quarta-feira (10), após confirmação do primeiro caso da doença entre bancários, foi cobrado o cumprimento do protocolo com a sanitização imediata do banco Bradesco, no São Benedito.

O presidente diz ainda que os funcionários estão afastados até a próxima terça-feira (16) e foi solicitado que o banco disponibilize os testes para todos, a fim de garantir mais tranquilidade para bancários e clientes. “Estamos tendo êxito em nosso trabalho visto que só após três meses registramos o primeiro caso entre bancários”, informa.

No entanto, ele diz que o movimento está crescente nas agências bancárias, principalmente após a reabertura do comércio. “Antes havia um consenso para diminuir a circulação das pessoas mas houve um lobby para a reabertura e sabemos que não há vacina para essa doença e nem cura”, diz o dirigente, ressaltando que foi feito um intenso trabalho para a redução das filas para diminuir as aglomerações.

Para ele, o poder público é o responsável por tomar medidas para evitar que clientes também levem o vírus para dentro das agências bancárias, por exemplo, restringir, em decreto, o atendimento presencial nos bancos apenas para serviços essenciais.
 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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