Caminhoneiros da região descartam mobilização agora por nova greve

 

Após reportagem no fim de semana afirmar que caminhoneiros estão programando nova paralisação, profissionais de Uberaba dizem que em grupos específicos da região não há mobilização para nova greve. Reportagem do Jornal da Manhã fez consulta ontem junto a caminhoneiros da cidade que aderiram à paralisação do ano passado.

O primeiro consultado, que atuou ajudando caminhoneiros que estavam parados próximos ao posto “Zote”, afirmou que até agora só existe um burburinho em grupos de outras regiões e pouca adesão por enquanto. “Nós só vimos poucas mensagens em grupos de regiões distantes”, revela. Em pergunta específica sobre a mobilização em Uberaba, ele afirmou que não existe nada por enquanto. “Se começar em outros lugares, nós aqui vamos aderir, mas aqui em Uberaba mesmo não tem nada ainda”, esclarece.

Outro caminhoneiro afirmou que, por enquanto, eles estão procurando informações mais certas, visto que muitas informações que chegam por meio de aplicativos de mensagens são duvidosas. “A gente não descarta, mas estamos buscando mais informações, porque tem hora que pelo aplicativo chega só informação desencontrada”, diz. Entretanto, afirmou que em grupos de outras regiões o comentário está maior. “Tudo que chega é pelos grupos. Aqui está fraco, mas em outros locais o que chega é que está forte”, afirma. Ele disse que, por estar atuando na colheita de soja na região do Triângulo Mineiro, não tem informação, pessoalmente, sobre a mobilização na região de Belo Horizonte, capital do Estado.

Falta de fiscalização reduz o valor do frete para os profissionais da área. Durante entrevistas, caminhoneiros de Uberaba enalteceram feitos alcançados durante a greve do ano passado e afirmaram que valores melhores nos fretes não são alcançados porque a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não fiscaliza da forma devida as empresas que agenciam as cargas.

Três motoristas classificaram a paralisação como positiva, visto que a categoria mostrou sua importância, conseguindo, inclusive, a implantação da tabela de frete. “A tabela foi boa, ela ajuda bastante. O problema é que a ANTT não fiscaliza como deveria”, reclama. Ele afirmou que a tabela está sendo utilizada, mas apenas quem agencia cargas está ganhando. “Quem agencia a carga está utilizando a tabela, o único que não está ganhando é o caminhoneiro. Eles agenciam o frete pela tabela e repassam da forma que eles querem”, ressalta.

A ANTT emitiu nota e informou que se encontram em análise e tramitação estudos de nova proposta de resolução que trata da revisão da regulação da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC). Após aprovação da diretoria da ANTT, os estudos e a minuta de resolução serão submetidos a audiência pública, que propiciará a todos os interessados conhecer a proposta inicial e sugerir os ajustes que entendam necessários.

A previsão é que a audiência pública seja iniciada em abril deste ano, com período de 45 dias para recebimento de contribuições. Durante a audiência, a ANTT também realizará cinco sessões presenciais, uma em cada região do país, para ampliar as possibilidades de participação dos interessados. Concluída a audiência pública, todas as contribuições serão respondidas e consolidadas em relatório, que será disponibilizado no site da ANTT.

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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