CDL aposta em Black Week para evitar aglomerações e dar mais tempo ao consumidor

A Black Friday se aproxima e os comerciantes já preparam os estoques e planejam as promoções. Contudo, o formato da promoção deve ser diferente em 2020, devido à pandemia da covid-19, uma vez que o modelo com lojas lotadas se torna inviável. Em Uberaba, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) pretende apostar em uma semana de ofertas, a Black Week, de modo que o consumidor possa ter tempo para ir às compras e consequentemente não haja aglomeração. 

Anteriormente, a CDL estava estudando e reivindicando junto à Prefeitura Municipal de Uberaba a possibilidade das lojas abrirem mais cedo, por volta das 5h, na sexta de promoções, contudo a hipótese não se mostrou viável.  

“Nós não conseguimos. O que está anunciado é que a “Black Friday” irá atender durante a semana. Então para não ter aglomeração, o comércio decidiu, principalmente as grandes lojas e redes, fazer essa liquidação durante toda a semana, a partir da segunda-feira [dia 23]. Seria o “Black Week”. Por causa da pandemia acabou ficando assim, inovando e colocando as lojas trabalhando das 8h às 19h, mantendo e seguindo o decreto municipal, mas com liquidação para que o consumidor possa aproveitar e fazer boas pesquisas e bons negócios", explicou o presidente da CDL, Ângelo Crema, em entrevista à Rádio JM. Crema ainda pontuou que as orientações acerca das medidas sanitárias continuam.  

Quanto à projeção de vendas, a expectativa é positiva, tanto para a Black Week quanto para o Natal. “Vamos fechar este semestre com vendas acima do mesmo período do ano anterior. Ainda vamos ver a semana da liquidação, mas a Black Friday vem acontecendo e quebrando recordes a cada ano e aí a partir daí, vamos mensurar o que vai acontecer no final de ano. Mas uma coisa já posso contar, o comércio está com suas vitrines voltadas para o Natal, já estão com estoques de enfeites”, analisa. Ainda conforme a CDL, a reivindicação da ampliação de horário ainda será debatida para o final de ano. 

Apesar da projeção positiva, Crema destaca um ponto negativo: a alta do dólar, que está encarecendo produtos importados. Todavia, o conselho, tanto para o consumidor quanto para o lojista é para que apostem no nacional. “Os produtos importados estão muito altos, estamos conversando muito com nossos comerciantes para eles priorizarem a indústria nacional. Temos o exemplo da indústria nacional de brinquedos, que comemorou porque bateu recorde de vendas”. 

Ainda conforme Ângelo Crema, no último ano, o ticket médio de presente para o Natal girou em torno de R$200 a R$220 e a CDL acredita que esse valor se mantenha ou chegue a R$250.  


 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

Pesquisar