Colégio José Ferreira paga apenas 60% dos salários e professores acionam o Sinpro-MG

Aproximadamente duzentos professores receberam apenas 60% dos salários no Colégio José Ferreira (CNEC – Campanha Nacional das Escolas da Comunidade). A medida gerou indignação dos profissionais, que acionaram o Sinpro (Sindicato dos Professores de Minas Gerais) em Uberaba.

Por meio de nota de esclarecimento, emitida para docentes e colaboradores, o CNEC informou que garantiu o pagamento de 2/3 dos salários, a totalidade daqueles que possuem remunerações mais baixa e priorizou o pagamento do plano de saúde. O restante será pago ao longo do mês, com o recebimento das mensalidades. “A expectativa é ter condições de pagar o saldo de salários ao longo do mês, à medida do recebimento das parcelas das anuidades/semestralidades. As entradas de receita, até agora, estão muito abaixo da previsão”, diz o texto, assinado pela direção geral, de Brasília.

De acordo com o diretor regional do Sinpro-MG, Marcos Gennari Mariano, o pagamento fracionado foi feito de forma totalmente equivocada, sem justificativa plausível pelo CNEC. Segundo ele, os professores estão trabalhando com carga horária bem maior em razão do ensino remoto, de forma online. “Muitos tiveram que adaptar ao novo sistema de ensino, e se aperfeiçoar. Esta situação faz com que os profissionais tenham que se empenhar mais para garantirem a qualidade do ensino”, diz.

Além disso, Marcos Gennari destaca o descumprimento de ordem judicial por parte do CNEC, visto que está vigente uma liminar, válida em âmbito estadual, que assegura o salário integral dos professores, sem nenhuma alteração por parte das instituições de ensino.

Ainda segundo ele, o corte no pagamento também contraria nota da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Sinpro já buscou as justificativas, por meio de notificação e pretende acionar judicialmente a CNEC. Segundo Marcos Gennari, o momento é de manter os professores mobilizados, ainda que de forma virtual, e aguardar o desfecho da situação. “Nesse momento, mais que nunca, é necessária nossa união e que seja mantida esta mobilização, ainda que seja virtual, e termos confiança na Justiça”, diz.
 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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