Com redução de pessoal, Cooperu tem dificuldade na coleta seletiva

Jairo Chagas


José Eustáquio de Oliveira, administrador da cooperativa, diz que ajuda do governo federal, do Ministério Público e da Associação Brasileira dos Catadores tem sido a salvação

Com quadro reduzido, a Cooperativa dos Recolhedores Autônomos de Resíduos Sólidos e Materiais Recicláveis de Uberaba (Cooperu) encontra dificuldades de realizar a coleta seletiva. De acordo com o administrador da instituição, José Eustáquio de Oliveira, a maior parte dos motoristas dos caminhões destinada à coleta seletiva pertence ao grupo de risco e está em casa cumprindo o distanciamento social. Apenas dois caminhões estão em circulação para a coleta seletiva, percorrendo 90% da cidade.

Muitos catadores também deixaram de ir às ruas. “Estamos trabalhando com 60% de nosso pessoal”, diz. Com isto, o trabalho está sendo prejudicado e, consequentemente, a renda daqueles que dependem da cooperativa reduziu drasticamente. O problema se agravou com as restrições ao comércio, que reduziu o volume de material reciclado, culminando na queda de 50% dos rendimentos, embora o vidro seja o material reciclado mais produzido durante a quarentena, principalmente nas residências, devido ao consumo de bebidas. Porém, este aumento não minimiza a situação financeira de 50 cooperados e outros 60 catadores cadastrados.

Por outro lado, muitos cooperados conseguiram o Auxílio Emergencial do governo federal. Cada um também recebeu uma cesta básica doada pelo Ministério Público. Outra ajuda vem da Associação Brasileira dos Catadores, que destinou R$300 para cada cooperado. “Ainda há expectativa de uma segunda parcela, do mesmo valor”, informa. Ele também faz um apelo às pessoas para levarem o material reciclado à sede da Cooperu, das 7h às 17h, na avenida Francisco Podboy, 2.055, no Distrito Industrial 1. A Cooperu recebe latinhas, garrafas pet, caixas de leite longa vida, papelão, revistas e jornais.
 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

Pesquisar