Foto/Jairo Chagas
Sindicomércio afirma que não foi chamado pela PMU a opinar e pede decreto com a entrada controlada de clientes no comércio, um desejo de diversos lojistas em Uberaba
Abertura do comércio, ainda que de forma restrita, é facultativa neste feriado de 1º de Maio, “Dia Internacional do Trabalho” em Uberaba. O comércio e o setor de gênero alimentício, incluindo supermercados, poderão funcionar, com jornadas de 6 ou 8 horas de trabalho. Porém, é necessário seguir o Decreto Municipal, em face da pandemia da Covid-19. Já os shoppings centers continuam fechados.
De acordo com o presidente do Sindicomércio, Marcelo Árabe, a abertura facultativa está baseada na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), firmada ano passado. Porém, ele destaca que os comerciantes devem observar as regras contidas no decreto municipal. “Orientamos o empresário que siga as determinações do decreto municipal, para evitar até as multas pelo seu descumprimento”, reforça o dirigente.
Isso porque o decreto municipal determina o funcionamento do comércio de forma restrita, em horário especial, com barreiras sanitárias físicas, com atendimento sem que o cliente entre no estabelecimento, em face da pandemia. Alguns setores ainda não estão permitidos a funcionar. Os shoppings centers, por exemplo, permanecem fechados.
No caso dos supermercados, que estão permitidos a abrir em razão do ponto facultativo, Marcelo Árabe diz que a orientação é para que sejam respeitadas as medidas para evitar a aglomeração de pessoas. Neste caso, é importante destacar que o decreto municipal determina entrada controlada de clientes, com máscaras de proteção e respeitando o distanciamento entre as pessoas.
O presidente do Sindicomércio informa que a entidade não foi chamada à mesa para discutir as decisões com a Prefeitura de Uberaba. Marcelo Árabe diz que participou de uma reunião, de caráter informativo, apenas. Mas, ele parabeniza a administração municipal pelo empenho que vem tratando o combate ao novo B.
Ao mesmo tempo, o Sindicomércio defende a entrada dos clientes no interior dos estabelecimentos não essenciais, como lojas de roupas, esportes, magazines, equipamentos em geral “de forma organizada, responsável e com segurança para evitar contágio”, – medida que ainda não é permitida em Uberaba. Segundo Marcelo Árabe, a entidade recebe diversos pedidos de empresários para que ocorra essa permissão, no sentido de evitar mais demissões, pois a proibição da entrada dos clientes dificulta as vendas. “O empresário sabe da importância do isolamento social, mas a responsabilidade com a economia também é importante”, diz.
Ainda não há número de demissões no setor, mas ele confirma que estão ocorrendo, conforme informações obtidas junto ao Sindicato dos Contabilistas. Segundo o dirigente, muitos empresários optaram pela redução do salário e, outros, foram obrigados a demitir. “Mas nossa orientação é evitar que sejam feitas as demissões e utilizar os mecanismos que estão sendo oferecidos pelo governo federal”, finaliza.
Postado originalmente por: JM Online – Uberaba
