Construir ou reformar está bem mais caro em Uberaba durante a pandemia


Um dos insumos usados na construção civil que mais encareceu no período foi o tijolo, que está custando 67% a mais 

  
Aumento no preço dos insumos usados na construção civil sentido em Uberaba acompanha ajuste do mercado a nível nacional. Avaliação é do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Vale do Rio Grande (SindusconVale), Luciano Veludo.
 
Na análise de Veludo, entre os motivos da alta, estão o aumento da demanda e correção após período sem alteração no custo dos materiais. “A mão de obra ainda está se mantendo, mas os insumos realmente sofreram alteração de preço para mais”, comenta, ponderando que o preço majorado ficou acima da realidade.
 
De acordo com dois proprietários de estabelecimentos de venda de materiais para construção ouvidos pelo Jornal da Manhã, o lojista não consegue absorver os reajustes graduais da cadeia produtiva porque a margem de lucro do revendedor é pequena. “Ganhamos R$ 1 no saco do cimento”, exemplifica um deles, enquanto o outro afirma que quem ganha mais são os fornecedores. 
 
Em uma das lojas, o saco do cimento de 50kg é comercializada atualmente a R$ 23. Há cerca de um mês e meio, o preço era de R$ 16 – aumento de cerca 44%. Os entrevistados também relataram dificuldade para comprar mercadorias como o tijolo, com tempo de espera de até dois meses. O milheiro do material passou de R$ 600 para R$ 1.000 em um dos estabelecimentos (67% a mais).  


Pesquisa confirma
 
Entre março a julho, em meio à pandemia da covid-19, construtoras de todo o país registraram incremento no preço de materiais de construção, conforme pesquisa divulgada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).  Realizada entre 16 e 21 de julho, o estudo ouviu 462 empresas de 25 estados das cinco regiões.
 
Em Minas Gerais, participaram 52 construtoras e foram pesquisados 14 itens. Para cada material, a maioria respondeu que houve aumento entre 0% e 10% no preço. Em relação ao cimento, por exemplo, 52% apontaram incremento de 0% e 10%, enquanto 46% notaram um aumento acima de 10%. No aço e na brita, 56% indicaram alta entre 0 e 10%.
 
Os outros materiais pesquisados foram concreto, areia, bloco cerâmico, bloco de concreto, cabos elétricos, esquadrias, louças sanitárias, material betuminoso, revestimento cerâmico, tintas e misturas e tubos e conexões de PVC.

 

 

 

 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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