Donos de bares e restaurantes criticam decreto de reabertura

Os critérios exigidos para o funcionamento dos bares e restaurantes são alvo de questionamento de proprietários dos estabelecimentos, que já tinham apresentado um plano com medidas sanitárias para a reabertura junto ao Comitê Técnico Científico de Enfrentamento à Covid-19. As novas regras causam indignação ao segmento, que há mais de noventa dias busca a retomada das atividades.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Proprietários de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares Uberaba (Sinhores), Fernando Abdala, há meses estava sendo discutida a reabertura, com diversas reuniões junto ao comitê, trabalhando com um plano de retomada seguro e normas restritivas rígidas, que viabilizasse o exercício das atividades, sem colocar em risco clientes e funcionários.

No entanto, as regras adotadas no decreto municipal seguiram outra linha, que sequer foram abordadas nestes encontros. “Nós tivemos acesso ao decreto e fizemos várias leituras do documento, e algumas regras colocadas nele sequer foram discutidas conosco, o que nos causa indignação”, diz o dirigente. Segundo ele, as novas exigências inviabilizam a retomada das atividades e prejudicam o segmento, que já amarga prejuízos em decorrência do fechamento compulsório por conta da pandemia. Entre elas está a venda de bebidas alcoólicas. “Em momento nenhum a proibição da venda de bebida alcoólica foi discutida com nosso segmento”, informa. Outra questão é quanto à não-permissão de ingresso de menores de 12 anos nos estabelecimentos. “Como uma família vai sair de sua casa para se alimentar? Qual motivo para não poder levar os filhos?”, pergunta.

Conforme ele, há uma cadeia produtiva que envolve o segmento, que passa por dificuldades, e, dentro deste contexto, houve a discussão com as autoridades competentes para definir as medidas sanitárias para viabilizar a reabertura dos bares e restaurantes. “Nossa estranheza é que todo o processo de negociação para a determinação de regras com o comitê técnico-científico não foi levado adiante”, critica. Fernando Abdala diz que o segmento ainda assimila as regras e haverá uma discussão com os empresários para ouvir opiniões e analisar a realidade de cada estabelecimento, para avaliar se vão reabrir ou não dentro das normas estabelecidas no novo decreto.
 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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