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A falta de matéria-prima para a fabricação de caixões no País pode fazer com que o produto falte no mercado num momento em que a demanda subiu por causa da pandemia
Uberaba não sofre os reflexos da falta de urnas funerárias. No entanto, o problema pode ocorrer em nível nacional em virtude do aumento dos sepultamentos e por falta da matéria-prima para a fabricação de caixões.
De acordo com o empresário do setor em Uberaba, Max Magalhães, a cidade ainda não está desabastecida com urnas funerárias e a entrega acontece “normalmente”. Porém, ele diz que recebeu comunicado da Afub (Associação dos Fabricantes de Urnas do Brasil), assinado pelo presidente, Antônio Marino, que confirma a falta dos insumos para a fabricação, alertando que os fabricantes estão com a capacidade comprometida e a falta de matéria-prima pode prejudicar as entregas e até suspendê-las.
No documento, a Afub informa que, quando esperavam a regularização no abastecimento das matérias-primas, teve início um período crítico da pandemia, com um cenário mais grave que do ano passado. Além disso, as commodities são consideradas atualmente como “joias raras” e a especulação continua fazendo o setor enfrentar aumentos sucessivos e, sem garantia de fornecimento, principalmente no que tange aço, MDF e produtos químicos, já que também há dificuldade nas negociações. “O abastecimento é incerto, fazendo, inclusive, que, algumas empresas funerárias recorram ao varejo, onde os custos são bem maiores”, diz a Afub.
A nota também informa que o desabastecimento de urnas funerárias pode causar uma grande crise, por ser um item essencial neste momento pandêmico, no serviço funerário.
Max Magalhães ressalta ainda que, para superar esta crise, é necessário que a população se conscientize, principalmente os jovens. “Os óbitos vêm aumentando consideravelmente. É hora de entender que o coronavírus não escolhe idade, gênero, cor, nem status social e precisamos proteger a nós e as pessoas que amamos”, finaliza.
Postado originalmente por: JM Online – Uberaba
