Entregadores de aplicativos de delivery se reúnem contra golpe do “não entregue”

 

As medidas restritivas adotadas pelos municípios para enfrentamento à covid-19 aumentaram o uso de aplicativos de delivery em todo o país. Contudo, essa relação é comprometida por usuários que infringem as normas para driblar o pagamento do serviço.

De acordo com os entregadores, os usuários pedem a comida, recebem, e marcam a opção de extravio, ou “mercadoria não entregue”. Desta forma, o sistema dos aplicativos bloqueia os motociclistas e os retira do cadastro.

Em Uberaba, vários trabalhadores de diferentes plataformas se reuniram em frente a um prédio residencial na avenida Guilherme Ferreira neste último final de semana de fevereiro para demonstrar a insatisfação com um cliente que tentou burlar o pagamento e impediu o trabalhador de receber outras viagens.

Na cidade paulista de Bauru, um grupo de entregadores chegou a invadir a casa de um usuário golpista.

Em nota, o aplicativo de entrega iFood afirmou que repudia qualquer ato de violência e que deverá abrir apuração sobre o episódio.

A empresa disse no comunicado que “trabalha constantemente para dar mais clareza sobre sua política de desativação de usuários e que essa medida só é tomada quando há descumprimento dos termos e condições de utilização da plataforma, como casos de extravio, fraudes de pagamento e cessão de contas a terceiros”.

O iFood afirma que os motoboys não têm acesso às avaliações feitas individualmente pelos clientes. É possível visualizar apenas a quantidade total de avaliações e o teor (positivo ou negativo).

A empresa diz que “está à disposição para colaborar com a investigação do caso e aguarda mais informações das autoridades responsáveis para apurar internamente e tomar as providências cabíveis”.

Também em nota, o Rappi informou que os bloqueios na plataforma são restritos ao não cumprimento dos Termos e Condições previamente informados no momento do cadastro.

A empresa afirma também que os motoboys não têm acesso aos nomes dos usuários que fazem as avaliações das entregas, sejam elas positivas ou negativas. “O processo é completamente sigiloso e apenas o time interno do Rappi pode visualizar as informações”, diz o comunicado.

 

 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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