FCU inicia inventários das casas de religião afro-brasileiras locais

A Fundação Cultural de Uberaba (FCU) desenvolve projeto para inventariar casas de religiões com matrizes afro-brasileiras. As atividades de reconhecimento de campo incluem entrevistas com os anfitriões dos terreiros e tendas, filmagens e fotografias. O trabalho envolve duas práticas de conservação de patrimônio, seja ele material ou imaterial. A primeira é o inventário e depois há o nível máximo de conservação, que é o tombamento, feito por meio de dossiê.
O professor de história do setor de Patrimônio, Gustavo Vaz Silva, explica que todo ano as informações levantadas são remetidas ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), para depois virar pontuação no ICMS Cultural, que é o recurso que o município recebe para fazer esse tipo de projeto. “Dentro disso trabalhamos com o imaterial, como neste caso mais específico. Já fizemos as folias de reis, que em Uberaba existem mais de 100 companhias, e com as congadas e moçambiques. Havia demanda em 2016 de fazer as casas de matrizes africanas, tanto o candomblé quanto a umbanda. No primeiro momento foram feitas cinco casas: a Tenda de Umbanda Pena Verde, do Dárcio Gomes; a Tenda de Umbanda Nossa Senhora do Rosário, da Tia Luzia; Asé Opó Barú, do Babá Carlos; Ilê de Ogum Já, da Mãe Marlene, e Asé Ode Omilodé, do Pai Renato. Porém há muitas outras casas em Uberaba, então, terminamos o processo com as folias, e esse ano o conselho aprovou o trabalho com essas cinco casas e com mais algumas.”
Até o momento a iniciativa engloba 12 casas de religiões de matrizes afro, sendo três tendas de Umbanda e nove terreiros de Candomblé. Entre as cinco que já participavam, foram incluídas, por enquanto, Asé Toby Odé Kolê, do Pai Vitor Oxossi; Asé Olorokê Ti Efon ÁÁfin Omo Ayra, do Pai Rogério; Afim Osumare, da Mãe Bia Ty Oxumare; Asé Ayra Intilé, do Pai Gabriel Ty Ayra; Inzo Ione Ria Inkosi, do Babá Sirley Moura; Ilê Alaketu Oluwa Bi Orun, do Babá Rafael Cherin, e Tenda de Umbanda Tupi Tupiara, da Gina.

Postado originalmente por: JM Online

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