Filme sobre a busca do Zebu na Índia será produzido em Uberaba

Será produzido um curta-metragem sobre a trajetória do gado Zebu em Uberaba. Intulado de “Diários de Uma Vida Sem Fim”, o filme conta a odisseia da busca do Zebu na Índia, por jovens uberabenses “destemidos e empreendedores” no início do Século XX. A narrativa será produzida pela Technoscope Films e o Polo de Audiovisual do Triângulo Mineiro (Pátria).  Projeto está sendo viabilizado pela Prefeitura de Uberaba, que anunciou a assinatura de contrato, entre a empresa Almix Distribuidora de Produtos Alimentícios e a empresa Technoscope Films, para o repasse de R$ 100.876,82

Segundo a secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Anne Roy Nóbrega, o recurso é oriundo da lei de incentivos fiscais de estímulos econômicos. “Participa ainda do fortalecimento do Pólo Regional Pátria que reúne numerosos profissionais premiados do setor audiovisual em geral e cinematográfico, especificamente na região do Triângulo”, disse. O empresário Diovani Milhorim escolheu fazer o investimento nesse projeto, já que se tratava de contrapartida ao Poder Público em razão da cessão de área no DI-II. Ele optou por transferir os recursos para a produção cinematográfica, considerando que “mais do que gerar empregos e renda, a empresa precisa pensar na comunidade e na cultura da cidade.”
Essa contrapartida “traz esse presente para nós”, afirmou o titular da Pasta, José Renato Gomes, considerando que o filme vai mostrar para a população de Uberaba e o mundo a importância da importação do Zebu. O prefeito Paulo Piau observou que “Uberaba é uma cidade surpreendente e se o uberabense soubesse pelo menos 50% do que aconteceu na história dessa cidade e ainda acontece, com certeza as pessoas amariam mais esse pedacinho aqui”.
Piau conta que a produtora genuinamente uberabense Technoscope Films e o Polo Audiovisual do Triângulo (Pátria) apresentaram para a Prefeitura de Uberaba, no início do ano, o projeto de produção desse filme sobre o Zebu, além de outros dois, que contam a história do Espiritismo e dos Dinossauros. Lembra que é nesse tripé no qual se baseia o Geopark Uberaba – Terra de Gigantes, “é um grande projeto que ainda vai dar muita alegria, empregos, renda e negócios para Uberaba”.
A produção
Aldo Pedrosa, junto com Ari Morais e Alexandre Ferreira – que é também presidente do Conselho Municipal de Política Cultural – são os representantes da produtora. Segundo eles, o Pátria é um grupo que reúne, reagrupa e fortalece produtores de audiovisual da região do Triângulo Mineiro.
A proposta é realizar um curta-metragem, com duração entre 10 e 15 minutos, para dar uma amostra de como será o longa para os futuros financiadores. A obra está orçada em cerca de R$ 4 milhões. “Trata-se de um pequeno produto audiovisual que pode ser compartilhado nas diversas plataformas para divulgação, a fim de chamar a atenção e dar a ideia do que virá a ser o filme completo”, destacou Pedrosa.
O cronograma de produção é de 20 meses, e assim que estiver finalizado terá início a fase de captação de recursos. Esse trabalho será feito pela empresa Imposto Ativo, que fica dentro do Instituto Agronelli, visando a despertar interesse, tanto nas pessoas físicas, quanto jurídicas, sobre os benefícios do direcionamento de impostos.
O responsável pela empresa Imposto Ativo, Terence Melo, informa que Uberaba tem capacidade de captação de recursos da ordem de R$25 milhões por ano, somente através de pessoas físicas. O empresário pode ajudar o Município sem tirar um real do bolso, já que pode direcionar valores devidos ao Poder Público, como fez a Almix.
Parte da história
O empreendimento tem como parceiro o Museu do Zebu, da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). O gerente executivo, Thiago Riccioppo conta que “Diários de Uma Vida Sem Fim” é baseado na história do pioneiro do Zebu, João Martins Borges. Junto com seu irmão Virmondes Martins Borges e o primo Otaviano Borges Júnior fizeram parte de um processo muito rico de histórias e passagens, nas três expedições realizadas por eles à Índia, em 1917. Durante uma das expedições, o protagonista faleceu aos 27 anos e, seus restos mortais, levaram 60 anos para serem trazidos de volta a Uberaba, o que aconteceu somente em 1965. “Mesmo com o falecimento, naquele ano, os pioneiros conseguiram mandar cinco navios de gado para o Brasil, marcando assim definitivamente o rumo da história do país”, concluiu.

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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